quinta-feira, 28 de abril de 2011

VOTO

HOLOCAUSTO

PRESTE ATENÇÃO!

CIRCO SEM ANIMAIS 2

CIRCO SEM ANIMAIS

DIGA NÃO!!!

deixe voar

A mesa





Poema de Augusto dos Anjos

Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora
De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensangüentada presa,
Rodeado pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!

Como porções de carne morta... Ai! Como
Os que, como eu, têm carne, com este assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também.



terça-feira, 26 de abril de 2011

ONÇA COM TRAUMATISMO CRANIANO



Onça pintada sofre traumatismo craniano após ser atropelada nesta madrugada
26 de abril de 2011



Onça está com traumatismo craniano e já foi medicada (Crédito: João Ricardo)

Na madrugada de hoje (26) quando o fazendeiro Alencar Galo seguia para sua fazenda, próximo ao distrito de Groslândia, MT, em Lucas do Rio Verde, se deparou com uma onça pintada caída à margem da estrada e muitos curiosos em volta observando o animal.

Ao verificar que não reagia a estímulos, mas que estava ainda com vida ele decidiu levar o animal para a sede do corpo de bombeiros.

De acordo com populares a onça pode ter sido atropelada por um caminhão. Ela foi amarrada e colocada em uma caminhonete e deixada na companhia do corpo de bombeiros.

A guarnição decidiu encaminhar o animal para uma clínica veterinária onde foi feita uma pré-avaliação. A médica Vanessa Giraldi, informou que possivelmente o animal está com traumatismo craniano e está sob efeito de sedativo.

A veterinária informou que o animal tem aproximadamente dois anos, é bem alimentado, tem boa saúde, mas está com um ferimento na cabeça. O corpo de bombeiros foi orientado a encaminhar o animal para o zoológico em Cuiabá onde ela terá o tratamento adequado num ambiente seguro.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e corpo de bombeiros já estão trabalhando para viabilizar o encaminhamento para o zoológico na capital.

Fonte: Expresso MT

Nota da Redação: Espera-se que, depois que o animal estiver bem reabilitado e apto a retornar à natureza, seja solto em alguma área natural protegida.

LINDO!LINDO!

Consumo de chocolate pode matar cães e gatos

Consumo de chocolate pode matar cães e gatos



Quem já foi dono de um bicho de estimação provavelmente ouviu que chocolate pode matar cães e gatos. E é verdade, pode mesmo. Mas ninguém precisa ficar desesperado: mortes causadas pela ingestão de chocolate são raras, pois o animal teria de comer uma quantidade muito grande.

Na época da Páscoa, é preciso tomar cuidado e não deixar os ovos em qualquer lugar. “O perigo maior é quando o animal furta o chocolate de um local que não deveria, come tudo em grande quantidade. Os donos não devem deixar nada em local acessível”, afirma Marcia Mery Kogika, professora associada do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP).

Marcia explicou que o grande problema é uma substância chamada teobromina, que está presente no cacau usado na fabricação dos chocolates. A concentração desse elemento muda conforme a variedade do produto.

O branco tem a menor quantidade de teobromina - cerca de 0,1 miligrama por grama de chocolate (0,1mg/grama). Já o chocolate ao leite tem aproximadamente 2 mg/grama. Os mais “perigosos” são aqueles com grande concentração de cacau e também produtos em pó, utilizados geralmente em bolos, que chegam a ter de 15 a 20 mg/grama.

“Segundo a literatura, a dose letal é de 100 a 500 miligramas por quilo. O animal teria de comer muito para morrer, mas quando ocorre a ingestão de uma quantidade razoável de chocolate pode haver uma intoxicação com manifestação clínica discreta, com vômito ou diarréia”, diz Marcia. “Quando há uma intoxicação mais grave, o cão pode apresentar sintomas neurológicos como dificuldade de coordenação motora, excitabilidade e, em casos mais graves,convulsões.”

O professor da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Julio Cesar Cambraia Veado ressalta que alguns cães e gatos também não toleram a lactose, presente no leite usado na fabricação da sobremesa.

g1

Denúncia leva PM a suspeito de espancar animais em Ribeirão

Denúncia leva PM a suspeito de espancar animais em Ribeirão

Denúncia leva PM a suspeito de espancar animais em Ribeirão
Ato de crueldade foi denunciado na manhã desta sexta-feira, mas o agressor não foi identificado




Uma denúncia levou a PM (Polícia Militar) nesta sexta-feira a um supeito de agredir animais domésticos, na esquina das ruas Américo Brasiliense com Garibaldi, na região central de Ribeirão Preto. No local, segundo o denunciante, cachorros latiam sem parar.

Segundo a PM, o morador, convidado a prestar esclarecimentos, foi até o portão com comportamento alterado e uma vassoura nas mãos. Ele chegou a desacatar os policiais e disse que já havia sido denunciado outras vezes, mas que nada adiantaria porque estava somente educando os animais e sabia como trata-los.

Ainda de acordo com a PM, ele teria afirmado que os educava com pauladas e uso de água. O homem voltou para casa sem se identificar à polícia.


Atende por Akamaru

Tutora procura cão de porte médio que sumiu em Suzano (SP)
26 de abril de 2011

Elaine
monagcris@hotmail.com



Akamaru, SRD, porte médio e branco com manchas preta. Desapareceu em 20de abril, às 23:20, em Suzano (SP), entre as ruas Tomisaburo Urano e Leila Margarida Takeuchi.

Contato: Elaine – monagcris@hotmail.com

Vive presa em gaiola

Gata filhote muito carinhosa aguarda um novo lar em SP
26 de abril de 2011

Maria Paula Teixeira de Godoi
godoi.mpaula@gmail.com



Resgatei essa gatinha de 5 meses, ela foi adotada e devolvida. Ela está agora na Veterinária onde trato meus cães.

O nome dela é Fiona, já está castrada, vermifugada e vacinada. É muito mansa, quando a gente passa pela gaiola ela estica a patinha para pedir carinho.

Ela precisa de adoção, porque ela pede colo, carinho, tudo o que ela precisa é um lar e está vivendo presa em uma gaiola.

Contato: Paula – godoi.mpaula@gmail.com.

quase foi atropelada



Cadela filhote abandonada na rua aguarda uma nova família
26 de abril de 2011

Daniella
daniella_davi@ig.com.br



Preciso muito de ajuda, essa linda filhote foi abandonada na rua. Quando entrou em uma casa, um homem a jogou no meio da rua e quase foi atropelada.

Ela precisa muito de um lar, onde possa receber muito carinho além de segurança e conforto.

Contato: Daniella – 5518-4775 ou Vânia – 6716-4656

O COELHO QUE JÁ NÃO PULA MAIS

26 de abril de 2011

Por Aleluia Heringer Lisboa Teixeira



Lá estão eles novamente invadindo meus pensamentos. Por detrás das grades de uma das centenas de celas de um galpão industrial lançam um olhar cinza e sem alegria. Apesar de se apresentarem nessas condições, eles são, paradoxalmente, o foco das atenções e ocupam todo o caderno Agropecuário do jornal Estado de Minas, do dia 18 de abril deste ano. Com o título “Coelhos vedetes da Páscoa”, é anunciado que “o preço do coelho vivo chega a triplicar nesta semana”.

No Mercado Central, em Belo Horizonte, um animal custa, normalmente, cerca de R$10. De hoje até domingo, esse valor pode saltar para até R$30. Festa para os pequenos produtores, responsáveis por grande parte das vendas dos coelhinhos de companhia nas lojas de animais.

Apossaram-se do coelho e o transformaram em mercadoria. Dentre as vantagens de se investir nesse “negócio”, está a possibilidade do “confinamento”, ou seja, acomodar muitos animais no mínimo de espaço. “Uma população grande pode ser criada em espaço pequeno e com necessidade de poucos funcionários”.

Coelhos apertados em pequenas gaiolas, sem a mínima condição de correr ou pular. Essa é uma imagem bem diferente daquela que cantava quando criança: “o coelhinho pula, sim pula, sim pula”. Quem pula agora é o lucro financeiro daqueles que investem nesse “negócio”.

O produto ou a mercadoria “coelho” vem dividido em subprodutos. Vivo ou morto, aproveita-se tudo.

O mercado de coelhos vai bem além do nicho voltado para a negociação dos animais vivos (de companhia). A produção e a venda da carne e pele voltam a despontar como alternativa de negócio rentável e com forte potencial.

Como “animal de companhia”, o coelhinho é o “fofinho”, inspiração para inúmeros bichinhos de pelúcia. Este é um dos motivos apontados na reportagem para a pouca tradição do brasileiro em comer a carne de coelho: “a maioria das pessoas tem dó de consumi-la”. Nesse ponto fica em evidência outra forma de classificar os animais, agora como “animal de carne”.

Segundo o criador de coelhos, Maurício Alves Moreira, os animais são criados em galpões, confinados em gaiolas suspensas. Com 80 dias de vida vão para o abate, com peso médio de 2,3 quilos. Chamo a atenção aqui para o fato de que um coelho saudável pode viver entre 5 e 10 anos. Comercializamos só a cabeça, coração, fígado e rim’’, afirma Moreira, proprietário do Sítio Fonte Galega, que conta com um abatedouro e toda a produção é vendida para frigoríficos do Mercado Central, em Belo Horizonte.

“Até o fim do ano quero abater 1 mil animais por mês e entrar também nas vendas dos supermercados’’, diz Moreira. O quilo do coelho é vendido pelo valor médio de R$14 aos frigoríficos. A pele do animal é congelada e comercializada para uma produtora de casacos. Cada unidade é vendida por R$2”.

Na sequência do ciclo que aproveita tudo do coelho, entra em cena Aloíse Lima, comerciante de peles de coelho há 25 anos e que, mensalmente, compra cerca de 2.000 unidades de fornecedores de Minas e São Paulo. Seus produtos incluem casacos, bolsas e cachecóis, e são vendidos em lojas de bairros sofisticados da capital e em shoppings, como o Diamond Mall.

Entre os seus clientes, grifes de peso, como Alphorria e Basic Blue. A comerciante fala da dificuldade em conseguir mão de obra qualificada para trabalhar a “mercadoria”: “a pele precisa ser cortada com estilete, no ar; não podemos apoiar na mesa. Se isso acontece, cortamos o pelo”.

A reportagem não trata de outra grande “utilidade” dos coelhos para os “humanos”, que consiste em usá-los em testes que medem a ação nociva dos ingredientes químicos, encontrados em produtos de limpeza e cosméticos. Tais ingredientes são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Por ironia, seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados.

Para evitar que arranquem seus próprios olhos (automutilação), os coelhos são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças se projetam. É comum seus olhos serem mantidos abertos permanentemente através de clipes de metal que seguram suas pálpebras. Durante o período do teste, os animais sofrem dor extrema uma vez que não estão anestesiados. A sessão de tortura não para por aí. Embora 72 horas geralmente sejam suficientes para a obtenção de resultados, a prova pode durar até 18 dias. Muitas vezes, usam-se os dois olhos de um mesmo coelho para diminuir custos. As reações observadas incluem processos inflamatórios das pálpebras e íris, úlceras, hemorragias ou mesmo cegueira. No final do teste os animais são mortos para que sejam averiguados, internamente, demais efeitos das substâncias experimentadas.

É o fim! Termino aqui estarrecida com tantos “exemplos” de humanidade e entendendo porque “a natureza geme com dores de parto”.

Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da Criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante”. Albert Schweitzer (Prêmio Nobel da Paz – 1958)

MODA CRUEL



Colcci: mais uma grife cai na armadilha das peles
26 de abril de 2011


Por Lobo Pasolini (da Redação em Londres)

Se ao menos os designers caíssem em armadilhas de verdade para sentir na pele o que os animais sentem quando capturados e mortos em nome de uma moda cruel …

Segundo uma postagem no Facebook, na nova coleção da Colcci se encontram peles sintéticas e peles verdadeiras. A grife diz que pele colorida é tendência.



Citar o Ibama como uma referência de qualidade e sustentabilidade é realmente uma piada, pena que uma piada muito sem graça. E dizer que os animais são criados livres de maus tratos e crueldade, quando eles são assassinados, realmente é um insulto a inteligência de qualquer pessoa.

Semana passada a Arezzo anunciou que retiraria uma linha de peças com pele de raposa depois de sofrer pressão por ativistas online. Agora é a vez da Colcci ouvir daqueles que se opõem a esse tipo de crueldade através da qual animais livres são capturados em seus habitats para virar acessório para pessoas fúteis e sem ética.

Infelizmente o website não inclui nenhum formulário de contato, por isso sugiro que comecemos uma campanha no Twitter usando a hashtag #boicotecolcci para denunciar essa iniciativa cruel da empresa. Peça aos seus amigos e familiares que não comprem da Colcci até eles retirarem peles de seu portfólio.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cãozinho abandonado tem convulsões quase diariamente e precisa de socorro em SP



Cãozinho abandonado tem convulsões quase diariamente e precisa de socorro em SP
25 de abril de 2011


Raquel Aparecida de Jesus
raquel.apjesus@yahoo.com.br


Ele é dócil e precisa muito de ajuda. Foto: divulgação

Fui ao Parque Edu Chaves, em São Paulo, e conheci esse cãozinho dócil e fofinho. Ele vive na rua e diariamente tem convulsões, é só ficar assustado, com medo, que tem uma crise. Uma moça me disse que outro dia durou muito tempo, ele ficou deitado passando mal por uns 20 minutos, achei que ele poderia tocar o coração de alguém e arrumar um cantinho.

Pensei em levá-lo ao veterinário e comprar o medicamento, mas moro longe e já tenho os meus do Terminal para cuidar e pra ajudar um dos meus do Terminal inclusive está internado, foi atropelado.

O melhor seria que ele fosse adotado, mas enquanto isso, teria que ter alguém para dar o medicamento pra ele nos horários certos. Estou com pena, pois basta dar trovoadas que ele passa mal.

Contatos com Raquel (11) 34559154 ou (11) 97341032

estado grave

Cão é abandonado amarrado sozinho para morrer no interior de SP
25 de abril de 2011

Silvia Veronez
catalick@hotmail.com

Preciso de ajuda urgente. Esse cachorro foi deixado amarrado na frente do meu prédio.



As fotos dispensam comentários sobre sua gravíssima situação. Ele está internado em tratamento intensivo. Sua saúde está debilitadíssima.

O problema é que quando ele tiver alta não tenho onde colocá-lo. Moro em apartamento pequeno e tenho três gatos, além das pencas de cães e gatos que tenho espalhados nas casas de parentes.

Sei que todos nós estamos acima do limite, mas por favor, ajudem a divulgar e tentar encontrar um lar provisório onde ele possa ficar até que tenha condições de ser colocado para adoção. Não tenho condições de mantê-lo num hotel.

Contato: Silvia (19) 8151.6953 – e-mail catalick@hotmail.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sob o mesmo céu(Patricia Marx)

Cárceres amorosos
09 de setembro de 2010


Estou chegando agora e, para mim, é uma honra fazer parte desse grande movimento de conscientização que este veículo transmite. Escrever sobre o assunto é, antes de mais nada, uma necessidade de alma. Então é com grande alegria que me expresso aqui.

Depois de um longo dia de trabalho fora de casa, a primeira coisa que penso é passear com meus dois cachorros, que ficam loucos para sair. Afinal de contas, eles ficam aqui entediados esperando ansiosamente a hora mais legal do dia – o passeio.

Agora, a minha gatinha, tadinha, não pode fazer isso. Fico imaginando, que será que ela pensa? Ela me olha com uma carinha, me vendo sair porta afora… Mas depois que volto da rua com meus cachorros, brinco com ela pelo simples prazer de brincar, porque, em parte, me sinto um pouco culpada.

Pois a história dela é parecida com a de milhares de animais que foram abandonados por seus “tor-tutores” e, por sorte, alguns resgatados e amados por outros benfeitores. Como foi o caso da Yumi, minha gata. Mas a questão da culpa é justamente por ter que criá-la, com todo o respeito, amor e carinho que tenho por ela, num apartamento, confinada e sem liberdade.

Sei também que é melhor do que deixá-la na rua, exposta à violência, maus-tratos e tudo o que já sabemos que acontece com esse pobres bichos. Mas isso me faz pensar: o que nós, enquanto sociedade, perdemos da nossa relação com a natureza?

Há muito tempos, os animais viviam soltos, saudáveis, sem roupinha de frio, sem rações específicas para cada tipo de raça, problemas de peso, pelo, condição espacial etc. A impressão que tenho é de que nós separamos aqueles que gostamos, criamos, amamos, delimitamos e cuidamos em nossos cárceres amorosos chamados “lares”. E de que maneira isso seria diferente?

Hoje em dia, em nossa condição urbana, não há como criar animais soltos, a não ser que nós nos mudemos para uma chácara ou fazenda.

Mas e esses animais que nasceram com o instinto de liberdade? E os pássaros que eu vejo em gaiolas?

E os animais que ficam no zoológico? E os cães que as pessoas compram como se fossem um objeto de decoração? Deixando de lado não só a questão do bem-estar, mas da solidão, da falta de carinho e abandono, mesmo dentro de casa.

Vou à Goiânia duas vezes por ano, pois meus sogros moram lá, e durante muitos anos o apartamento deles era de frente para o zoológico. Me incomodava profundamente ouvir o rugido triste do leão à noite, ecoando alto pelos arredores. Pode parecer dramático demais, mas para mim parecia um pedido de socorro.

E nas jaulas minúsculas ficavam ursos, tigres, leões, onças e outros tantos animais de um lado para outro, onde há muito tempo haviam desenvolvido um comportamento neurótico por confinamento.

Agora, no lugar do zoológico, expandiram o lote para construir um megaparque. Por que em vez de darem um espaço maior aos humanos, cheios de outros parques para passear, não dão aos animais? . O mais triste é que, desde o ano passado, já morreram mais de 80 animais por causas desconhecidas e tantos outros desaparecendo misteriosamente. Interesse político?

Durante um tempo eu juntei material na internet sobre esse zoológico. Matérias, denúncias, notícias horrorosas de cachorros de rua e cavalos assassinados dentro do próprio zoo, para alimentar os animais de grande porte. Mas, sozinha nessa causa, eu não conseguiria entrar nessa briga de titã. Hoje, vê-se claramente que as coisas fugiram totalmente do controle e que já não dá mais para esconder.

Mas fomos nós que mudamos o trajeto dessa história e a liberdade desses seres. Por falta de consciência, de um interesse maior e visando somente ao nosso próprio prazer em obtê-los, seja lá de que forma. Vivo ou morto.

E me parece um caminho sem volta. A não ser que se comece a pensar, como já acontece, numa conscientização com relação a isso e em grande escala. Pensar por que alguns animais são para amar, obter, confinar, controlar, humanizar e outros para fazer experimentos, matar (até por esporte) e comer.

Qual a diferença entre uns e outros? Quem foi que disse que tem de ser assim?

Estão todos sob o mesmo céu. Estamos todos.

Assim como a questão das supostas diferenças entre raças, religiões e visões de todo o tipo. Somos nós que criamos esses cárceres em nós mesmos e em tudo o que está à nossa volta.

Espero que o dia em que todos sejam libertos por amor, compreensão e igualdade chegue logo.

Sim, ainda tenho esperança! E não só esperança, mas também tento, todos os dias, fazer a vida de alguns seres ao meu alcance menos dolorosa.

Quem sabe assim o olhar e a vida da Yumi e de todos os bilhões de animais sejam mais felizes!

Touro Vira O Jogo

Touro reage contra os maus-tratos e mata peão durante rodeio em Bragança Paulista (SP)
15 de abril de 2011


O peão Gustavo Daniel Pedro, de 21 anos, morreu na madrugada de ontem (14) depois de ser pisoteado por um touro que reagiu às agressões do peão, durante um rodeio em Bragança Paulista, no interior de São Paulo.

Imagens registradas pela organização da Festa do Peão da cidade mostram o momento em que Gustavo caiu do animal que ele torturava e foi atingido no peito. Ele ficou quase oito segundos em cima do touro antes de cair.

Segundo a prefeitura de Bragança Paulista, Gustavo, que atuava como peão profissional há dois anos, foi levado para a Santa Casa da cidade ainda consciente, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a prefeitura, o torturador não conseguiu se livrar das pisadas do animal depois de cair na arena.

A empresa responsável pela organização do rodeio, Sâmor Produções Artísticas, que promove a tortura a esses animais explorados em rodeios, afirmou que a morte do jovem foi uma “fatalidade” inerente ao risco da montaria.

Em maio do ano passado, o peão Agenor dos Santos, de 35 anos, morreu em Hortolândia depois de ser derrubado e pisoteado por um touro. Agenor foi socorrido e levado para o Hospital Mário Covas, mas não resistiu.

Leiam pô!!

Direitos Animais e a Incoerência Moral
06 de abril de 2011


O erro da ética, até o momento, tem sido a crença de que só se deva aplicá-la em relação aos homens.”- Albert Schweitzer

Já faz tempo que considero o critério „senciência‟ (capacidade de sentir dor e prazer) como sendo o mais coerente, de acordo com o conhecimento atual, para se estabelecer direitos básicos para um indivíduo. Neste caso, podemos considerar a maior parte das espécies animais como dotadas de tal capacidade.

Alguns argumentam que direitos só existem com deveres, e como animais não podem cumprir deveres, logo, não são sujeitos de direito. Porém, esse pensamento me parece muito limitador, sendo fruto de uma regra arbitrária e dogmática, que, para ser modificada, depende apenas da nossa boa vontade, em nome de uma moral mais coerente com a realidade.

Já argumentei com os defensores dessa ideia que, seres humanos com demência grave ou em estado de coma prolongado, ou mesmo bebês, não possuem a capacidade de cumprir deveres e, ainda assim, são sujeitos de direito. A resposta à minha argumentação é, normalmente, que tais seres dependem de pessoas que cumprem deveres por eles; seja o responsável, procurador, MP, etc. Então, logo surge a pergunta: E por que não criar leis que estabeleçam direitos básicos para não-humanos incapazes de cumprir deveres?

Uma criança órfã na tenra idade é incapaz de cumprir deveres e certamente tem direito de ser protegida pelo Estado. Neste caso é consenso que deveríamos protegê-la pelo simples fato de ser um sujeito capaz de sentir dor, prazer, alegria, angústia, etc. Sabemos quais são as sensações, desejáveis e indesejáveis, que a criança é capaz de experimentar, e assim agimos, para protegê-la, por certa empatia. Na prática, ninguém apelaria para o potencial dessa criança em cumprir deveres no futuro, entretanto, ao considerar animais não-humanos a problemática se torna convenientemente uma questão de direitos através do cumprimento de deveres.

Não protegemos seres humanos pelas suas capacidades intelectuais ou racionais, mas sim pelas capacidades sensitivas ligadas à dor, prazer e interação com o ambiente. Se sabemos que animais não-humanos possuem tais capacidades, porque não defender suas vontades básicas, sua integridade física, mental e nervosa? Por que não defender animais contra uma exploração e sofrimento que jamais imporíamos a um ser humano com capacidades cognitivas e nervosas semelhantes?

Aparentemente a questão se resume a uma inércia cultural, e como „cultura‟ não é uma palavra intrinsecamente positiva (conceito que engloba escravidão, opressão da mulher e sacrifícios humanos), neste caso ela está associada a uma incoerência moral; o especismo. Especismo é a atribuição de direitos diferentes para espécies diferentes através de um critério arbitrário. Podemos definir „racismo‟ mudando apenas duas palavras nesta última frase, e em minha opinião a semelhança das duas ideias vai além da simples definição.

Obviamente há uma diferença fisiológica muito mais visível entre espécies do que entre raças da mesma espécie (Não vejo problema algum em usar o termo „raça‟ para diferentes populações de Homo sapiens, assim como não vejo problema em usar o mesmo termo para diferentes populações de Canis lupus), porém, as diferenças fenotípicas entre indivíduos humanos, de forma alguma mudam o fato de as semelhanças serem suficientes para se estabelecer direitos iguais para todos. Não defendo direitos iguais para animais humanos e não-humanos, mas sim direitos proporcionais às capacidades fisiológicas de cada espécie, e esse é mais um motivo pelo qual direitos não devem existir necessariamente vinculados a deveres.

Os deveres humanos servem para organizar as sociedades e assim garantir direitos aos seus indivíduos (pelo menos, em tese). Animais não-humanos não necessitam de direitos que podemos considerar exclusivamente humanos como, educação; liberdade religiosa, política, econômica, etc. Da mesma forma, deveres sociais são inaplicáveis a eles, e isso de forma alguma torna uma sociedade insustentável. O direito básico de não ser explorado, torturado e morto, deve ser concedido ao animal pelo mesmo motivo que defendemos incapazes, e o apelo moral é óbvio. O direito é um conceito humano, que deve ser aplicado nas sociedades, porém, não exclusivamente aos humanos, já que não existe base moral lógica em traçar uma linha imaginária entre espécies. Este é um conceito taxonômico arbitrário que possui, apenas, a função de organizar relações filogenéticas; não éticas.

Não temos um conhecimento completo dos diferentes níveis de senciência em todos os animais, mas sabemos que essa capacidade sensitiva é compartilhada pela maior parte deles. Um ser humano sem possibilidade de sair de um estado de afasia ou demência grave pode estar numa posição de consciência inferior a de um chimpanzé, ou mesmo de um labrador; entretanto sua integridade física é naturalmente preservada com muito mais entusiasmo. Vale salientar que não estou questionando a atitude de proteção aos incapazes humanos, mas sim a “esquizofrenia moral” de toda a situação1. Não há justificativa racional para se defender tal ponto de vista, que a meu ver, se baseia apenas em afinidade com a própria espécie. Especismo, racismo ou sexismo, são idéias baseadas em diferentes níveis de afinidade pessoal, usadas para sobrepor aspectos irrelevantes aos que são realmente importantes em determinada situação. Ideologias exploratórias normalmente apresentam estas características.

Os sintomas do especismo são notados de forma generalizada em quase toda sociedade, seja na forma de venda de animais domésticos, de gaiolas, de matadouros, ou em qualquer situação onde animais não-humanos desempenham a função de propriedade, sendo que estes têm suas capacidades nervosas ignoradas em nome de uma filosofia opressora. Durante a história da humanidade apenas a escravidão de um animal foi abolida no papel e, enquanto a humanidade se vangloria de uma obrigação, milhões de indivíduos são explorados, torturados e mortos a cada minuto.

Se „direito‟ é um conceito criado pelo ser humano, isso não implica em favorecer apenas o ser humano a qualquer custo; o argumento antropocêntrico do direito não resiste a um apelo moral lógico. De forma alguma sugiro uma imposição de morais humanas para a natureza, já que essa evoluiu de forma predominantemente amoral (comportamentos „morais‟ são bem documentados em alguns primatas) e independe da nossa interferência para manter o seu equilíbrio. As morais humanas devem servir para organizar sociedades e beneficiar indivíduos da forma mais ampla possível. Se, de acordo com o critério „senciência‟, animais não-humanos podem ser considerados indivíduos dotados de vontades e capacidades nervosas, e se estes, por algum motivo, se encontram no círculo social humano (a meu ver isto é algo indesejável, já que nosso sistema social é mal adaptado para tais indivíduos), não vejo razão alguma para negar direitos básicos para os mesmos.

Creio que, no momento, uma educação não-especista seria mais eficiente do que leis, uma vez que a exploração e morte de animais em massa só existem por consequência de uma demanda diária vinda de cada cidadão. Estes acabam fechando o ciclo do sofrimento ao ensinar para uma criança que animais existem para nos servir. Ensinam, então, a esses seres humanos sem discernimento, a não se sensibilizar com o sofrimento alheio, ou até mesmo os privam de conhecer a verdade acerca do que consomem, de forma que, quando se tornam adultos, não se incomodam por estar imersos numa cultura especista. Serão adultos que não enxergam incoerência alguma em tratar cães de estimação como membros da família, e vacas e porcos como máquinas ou escravos.

Uma vida com um mínimo de apoio à exploração animal é o caminho individual mais direto para uma mudança visível, já que a perpetuação da crueldade é, em sua maior parte, baseada na demanda do consumidor. Várias pessoas se abstêm de produtos que se originam, necessariamente, da crueldade e exploração de seres sencientes, e vivem muito bem com essa opção. Porém, um estilo de vida completamente livre de apóio ao sofrimento animal é algo mais difícil em curto prazo, tendo em vista nossa ignorância quanto a todos os processos de produção dos alimentos que consumimos diariamente.

De qualquer forma, práticas que se sustentam através da indústria e exploração animal, são facilmente descartáveis. Vivemos uma era em que, cada vez mais, as responsabilidades éticas globais recaem sobre decisões individuais, e uma dessas responsabilidades é a urgência em alargar o alcance dos nossos conceitos morais.

Notas:

1 O termo “esquizofrenia moral” tem sido popularizado pelo professor Gary L. Francione.

Pedro Heringer Lisboa Teixeira

Meat Is Murder.(já que foi citado e eu sou muiiiiito fã da banda.aí vai letra e tradução)

Meat Is Murder
The Smiths

Meat Is Murder
Heifer whines could be human cries
Closer comes the screaming knife
This beautiful creature must die
This beautiful creature must die
A death for no reason
And death for no reason is murder
And the flesh you so fancifully fry
Is not succulent, tasty or kind
It's death for no reason
And death for no reason is murder
And the calf that you carve with a smile
Is murder
And the turkey you festively slice
Is murder
Do you know how animals die ?

Kitchen aromas aren't very homely
It's not "comforting", cheery or kind
It's sizzling blood and the unholy stench
Of murder
It's not "natural", "normal" or kind
The flesh you so fancifully fry
The meat in your mouth
As you savour the flavour
Of murder
No, no, no, it's murder
No, no, no, it's murder
Oh... and who hears when animals cry ?

Carne É Assassinato
O gemido do bezerro poderia ser choro humano
Aproxima-se a faca gritante
Esta linda criatura deve morrer
Esta linda criatura deve morrer
Uma morte sem razão
E morte sem razão é assassinato
E a carne que você distraidamente frita
Não é suculenta, saborosa ou algo do tipo
É morte sem razão
E morte sem razão é assassinato
E o vitelo que você destrincha com um sorriso
É assassinato
E o peru que você fatia festivamente
É assassinato
Você sabe como os animais morrem?

Os aromas da cozinha não são familiares
Não são "acolhedores", "confortáveis" ou algo do tipo
E o sangue sendo frito e o profano odor
De assassinato
Não é "natural", "normal" ou algo do tipo
A carne que você animadamente frita
A carne em sua boca
É você saboreando o sabor
De assassinato
Não, não é outra coisa, é assassinato
Não, não é outra coisa, é assassinato
Oh... E quem ouve quando os animais choram?

Crimes!!!

Vitela: um crime hediondo
23 de março de 2011


“O homem moderno toma o Ser em sua inteireza como matéria-prima para a produção e submete a inteireza do mundo-objeto à varredura e à ordem da produção”.
Martin Heidegger


Segundo Paul Kingsnorth (2001), a produção industrial de leite é uma das indústrias mais tristes. Quanto mais leite e laticínios são consumidos mais as vacas são tratadas como máquinas de produzir leite para seres humanos. De acordo com o grupo PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), cerca de metade das vacas americanas vive em fazendas de produção intensiva. Passam suas vidas em alojamentos de concreto, ligadas a máquinas de ordenhar que, não raro, lhes dão choques elétricos. Mastite e infecções bacterianas, comuns em regimes intensivos, frequentemente deixam resíduos de pus no leite que produzem. Devido à alta demanda por leite, as vacas de hoje produzem o dobro do que produziam há 30 anos e até 100 vezes mais do que produziriam no estado natural. As vacas da década de 1990 viviam apenas cerca de 5 anos, em contraste com os 20 a 25 anos de vida de 50 anos atrás. São entupidas com drogas e químicos para prevenir doenças e aumentar sua produtividade, incluindo o famoso hormônio de crescimento bovino. Os bezerros que são obrigadas a parir regularmente – para estimular a produção de leite – são separados delas em 24 horas. Não tomarão seu leite e serão vendidos como carne. Em 60 dias as vacas serão engravidadas de novo, diz Kingsnorth.

Peter Singer (2002) afirma que a indústria de produção de vitela é a atividade rural intensiva mais repugnante do ponto de vista moral. O termo vitela era reservado aos bezerrinhos abatidos antes do desmame. A carne desses animais muito jovens (macia e pálida porque não comem capim) provinha dos animais indesejados, do sexo masculino, descartados pela indústria leiteira. Um ou dois dias depois do nascimento eles eram levados para o mercado onde, famintos e assustados pelo ambiente estranho e pela ausência das mães, eram vendidos ao matadouro. Na década de 1950 produtores holandeses encontraram uma forma de fazê-los atingir cerca de 200kg (em vez de cerca de 50kg que pesam os recém-nascidos) sem que sua carne se tornasse vermelha ou menos macia. Para isso os animais passaram a viver em condições extremamente antinaturais, confinados em baias de cerca de 56cm x 137cm. Quando pequenos, são acorrentados pelo pescoço para evitar que se virem. O compartimento não tem palha ou qualquer outro tipo de forro onde se deitar (pois os animais poderiam comê-lo, comprometendo a cor da carne). Sua dieta é líquida, baseada em leite em pó desnatado, vitaminas, sais minerais e medicações que promovem o crescimento. Assim vivem durante cerca de quatro meses, até o abate. Nessa vida miserável, mal podem deitar-se ou levantar-se. Tampouco podem virar-se. Os bezerrinhos sentem uma falta imensa de suas mães. Também sentem falta de alguma coisa para sugar, uma necessidade tão forte quanto nos bebês humanos: quando se oferece um dedo ao bezerro ele começa a chupá-lo como um bebê humano faz com seus polegares. Entretanto, desde o primeiro dia de confinamento, bebem sua refeição líquida num balde de plástico. Distúrbios estomacais e digestivos são comuns e também a diarreia crônica. O bezerro é mantido anêmico. A carne rosa, pálida, considerada uma iguaria, é na verdade uma carne anêmica. Para que cresçam rapidamente a maioria é deixada sem água, pois isso aumenta o consumo de seu substituto lácteo. A monotonia é outra fonte de sofrimento. Para reduzir a agitação dos bezerros entediados, muitos produtores os deixam no escuro. Assim, os bezerros já carentes de afeição, atividade e estimulação que sua natureza requer, veem-se privados do contato visual com outros também. Os bezerrinhos mantidos nesse regime são muito infelizes e pouco saudáveis. Isso é o que aconteceu com o seu jantar no tempo em que ele ainda era um animal, diz Singer.

E a vitela no Brasil, como é produzida?

Ainda que nem todas as etapas descritas por Singer e Kingsnorth estejam sempre presentes, a indústria de laticínios e da vitela é marcada pela violação dos corpos das vacas (que são forçadas a engravidar continuamente) ; pelo sequestro de seu bebê e o roubo de seu alimento; pela tortura em cativeiro (quando há confinamento do bezerro); e pelo assassinato (já que se trata de morte desnecessária, movida por motivos hedonistas e portanto torpes). O correto, do ponto de vista ético, é a total abolição do consumo de leite e seus derivados.

Por que somos veganos: a história de Bento, um bebê holandês

No dia 13 de abril deste ano, um colega nosso do Tai Chi Chuan ficou hospedado numa pousada na Serra Catarinense e, na manhã seguinte, durante o café da manhã, soube que seus proprietários iriam sacrificar um bezerro que nascera naquela madrugada porque “não compensava” criá-lo. Segundo nosso colega, os proprietários são criadores de gado holandês para leite. Fazem inseminação artificial quando querem que as vacas fiquem grávidas, mas interessam-lhes apenas as fêmeas, claro. Surpreso, e com dó do recém-nascido, nosso colega perguntou aos donos da pousada se eles lhe dariam o bezerrinho de presente. A resposta foi “sim”, mas desde que ele o tirasse dali o mais rapidamente possível, pois “dá muito trabalho cuidar desses pequenos”. Nosso amigo teve, então, que procurar alguém para cuidar do bezerrinho nos primeiros 60 dias, pelo menos, ainda que com leite em pó, já que o bebê ficaria sem sua mãe. “Pensei em chamá-lo de ‘Quase’, visto que ficou vivo por um triz. Depois, pensei em ‘Salvado’ ou Divino’. Mas, como a comunidade é muito religiosa, preferi ‘aliviar’ na nomenclatura e, assim, entra para a história o Bento, um sobrevivente na Serra Catarinense”, finalizou nosso colega.

Precisamos de leite?

Não. Isso torna o drama de Bento e sua mãe algo ainda mais incompreensível, para não dizer intolerável. Pior, o consumo de leite está associado a diversos problemas de saúde como manifestações alérgicas (rinite, bronquite), além de provocar prisão de ventre, flatulência e outros distúrbios. Isso se deve sobretudo ao fato de muitas pessoas terem intolerância à lactose e, também, à dificuldade de metabolizar algumas proteínas presentes no leite, seja devido à sua elevada concentração (caseína), seja pela própria natureza da proteína (betalactoglobulina). Há ainda muita controvérsia no que tange à confiabilidade do leite como fonte segura de cálcio, envolvendo questões relacionadas ao seu balanço/biodisponibilidade1. Existem muitos mitos relacionados à necessidade de consumir itens de origem animal que não têm fundamento científico. Infelizmente, não são poucos os profissionais da área da saúde que perpetuam tais mitos e nos impõem informações equivocadas, cuja aceitação tem por base o medo de adoecer. Independentemente de adotarmos o veganismo, é bastante interessante compreender os fatores históricos, ecológicos e evolutivos, subjacentes à inclusão do leite e seus derivados nas dietas humanas2. As referências indicadas aqui e muitas outras evidenciam por que o leite não é saudável ou necessário hoje.

Milk is murder3 Ou: por que um pedaço de queijo ou um milkshake valem mais do que a vida de Bento?

Esta é a pergunta que não quer calar. Por mais que se alegue que somos radicais em nossos questionamentos teóricos, o que importa é o que acontece na prática. E, na prática, saborear uma “pizza”, ou uma sobremesa ao “creme de leite”, é mais importante do que deixar Bento e seus irmãos viverem. Esta é uma das muitas “verdades inconvenientes” decorrentes de nossa relação especista com os outros animais. E aqui é bom pontuar: somos radicais, sim, no que diz respeito a ir à raiz do problema. Mas não podemos aceitar o rótulo de radical como “postura extremada” ou “sem maleabilidade” , porque extremados e inflexíveis são aqueles que se recusam a abolir hábitos que são – entre muitos outros aspectos – ética e ambientalmente injustificáveis. Consideramo-nos civilizados, mas quando nos comparamos com outras sociedades humanas que chamamos de “primitivas”, constatamos que nenhuma delas jamais dispensou um tratamento tão cruel quanto o nosso para com os animais. O progresso que alcançamos é tão somente no plano técnico. No plano ético nosso progresso é mínimo, senão nulo.

Leites vegetais, leites legais! Viva a diversidade!

Para concluir, gostaria apenas de destacar que existe a possibilidade de tomarmos leites de arroz, gergelim, trigo, aveia, amêndoas, entre outros, que são muito saudáveis e não implicam o sofrimento de seres sencientes. Trocar o leite de vaca por leites vegetais é uma atitude muito legal! Não só porque aumentamos a diversidade de nutrientes que ingerimos e ajudamos a manter a diversidade na natureza, mas também porque são os únicos leites que respeitam rigorosamente a legislação que procura salvaguardar os animais não humanos de danos e procedimentos cruéis.



Notas:

1 Veja, por exemplo, “Consumo do leite de vaca: mitos e realidades”, artigo da Dra. Denise Madi Carreiro, disponível em http://www.deniseca rreiro.com. br/artigos_ artigoleite. html

2 Para uma rápida revisão sobre o assunto procure na Internet “Lacticínios + Wikipédia” (item História). Para um maior aprofundamento recomendo, por exemplo, o capítulo que trata dos “lactófilos e lactófobos” (Lactophiles and Lactophobes: Milk Lovers and Milk Haters) no clássico livro Good to eat – riddles of food and culture, do antropólogo Marvin Harris.

3 Alusão ao álbum Meat is Murder, de 1985, da banda britânica “The Smiths”. Meat is Murder lamenta em tom de luto a desnecessária morte de seres sencientes, isto é, aqueles capazes de experimentar alegria, dor, medo etc. A letra da música assume também um tom raivoso, ao colocar a culpa pelos assassinatos de animais inocentes diretamente no prato de quem os come: “A carne de peru ou novilha (vitela) que fritamos ou cortamos em pedaços não é suculenta ou saborosa, é uma morte sem motivo e morte sem motivo é assassinato” . A letra termina com as perguntas: “Você sabe como os animais morrem? Quem ouve os gritos dos animais?”

Bibliografia citada

KINGSNORTH, Paul. Mother’s milk. The Ecologist, 31(5), junho, 2001: 38.

SINGER, Peter. Lá na fazenda industrial… In: Vida ética: os melhores ensaios do mais polêmico filósofo da atualidade. Tradução de Alice Xavier. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002: 83-94.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Uma tradição cruel.

Uma tradição cruel

O foie gras é o orgão doente dum ganso ou dum pato, engordado de maneira forçada, várias vezes por dia, com um tubo de metal de 20 a 30 centímetros enfiado na garganta até o estômago. Para obrigar o seu corpo a produzir o patê de fígado, a ave tem de engolir em somente alguns segundos uma tal quantidade de milho, que o fígado acaba por atingir praticamente dez vezes o seu tamanho normal, e desenvolve uma doença chamada esteatose hepática.


Debatendo-se quando o tubo é violentamente inserido na sua garganta, ou pela simples contracção do esófago provocada pela necessidade de vomitar, a ave arrisca-se a asfixiar e a se perfurar mortalmente o pescoço.

A introduçao do tubo provoca lesões no pescoço no qual se desenvolvem dolorosas inflamações e infecções. Esta desequilibrada superalimentação provoca frequentemente doenças no sistema digestivo, que podem ser mortais.

Pouco após este choque diário da engorda, a ave sofre imediatemente de diarreias e de arquejos. Para além disso, as dimensões do seu fígado hipertrofiado tornam a respiração difícil e o andamento doloroso.

Se este tratamento continuasse, provocaria a morte dos animais engordados. A matança chega a tempo de dissimular as consequências da engorda. Os mais fracos chegam muitas vezes à sala de matança jà moribundos, e outros tantos nem conseguem resistir até lá : a taxa de mortalidade dos patos é de dez a vinte vezes mais elevada durante o período de engorda.
Um concentrado de sofrimentos

Esta violência, inerente à produção do foie gras, justifica por si só a abolição do mesmo. Mas para a maioria destes animais o calvário não acaba com a brutalidade da engorda. Muitos são amputados de uma parte do seu bico, sem anestesia, com uma pinça ou com uma simples tesourada.

Na natureza, os patos passam a maior parte do tempo da sua vida na água. Mas, nestas criações, muitos encontram-se fechados em barracões e em gaiolas onde as suas patas se ferem por causa do chão feito de rede de arame. As gaiolas são tão pequenas que nem sequer se podem virar, muito menos pôr-se de pé ou estendar as asas. Entre os que resistem até ao dia da matança, muitos são os que partem ossos quando são transportados, manipulados e por fim pendurados de cabeça para baixo para serem electrocutados e sangrados. As patas, uma vez que produzem um fígado mais venoso que os machos, são, na maioria, trituradas vivas ou gaseadas pouco após o nascimento.
O prazer de alguns pago pelo sofrimento dos outros

Como é que o simples prazer que temos a comer o seu fígado pode justificar de fazer sofrer uma vida de miséria a um ser sensível que, como nós, ressente a dor e a angústia ? Será que o facto que seja de uma outra espécie que nós justifica de ficar surdo ao seu sofrimento e mudo face à imortalidade desta escravatura ?

Existem leis e regulamentos que protegem os animais contra tais sevícias e maus tratamentos. Estes textos ficam conxcientemente ignorados para os mais de 30 milhões dentre eles que, para a maioria em França, são utilizados cada ano para a pasta de fígado. Dizem-nos que « os sofrimentos necessários » são aceitáveis. Mas o consumo deste produto não apresenta qualquer carácter de necessidade. Nem mesmo os que lucram com este comércio ousam pretender tal coisa.

Enquanto que o preço ao quilo é cada vez mais baixo para o consumidor, o patê de fígado é um produto pago muito caro pelos animais cujo corpo, utilizado como uma máquina de produção, é intencionalmente adoecido.

O foie gras é também um produto cada vez mais custoso para a França, da qual dá a imagem dum povo retrógrado uma vez que vários outros países proibem a sua produção. Como é que se ainda se pode fazer passar por uma tradição de "bem viver" um costume que consiste em meter na garganta dum animal preso um funil ou uma seringa pneumática ?
A proibição do patê de fígado: rumo a uma ética da alimentação

Constatando que a produção de foie gras implica o desprezo dos interesses do animal para a sua producção:
Pedimos aos que engordam os gansos e os patos que deixem de praticar estes actos de mau trato. O facto de não terem qualquer intenção cruel para com os animais não reduz em nada o sofrimento que provocam.
Pedimos aos que lucram com o foie gras, sem qualquer consideração ética, que acabem com a sua participação neste comércio indecente.
Pedimos às autoridades científicas e veterinárias que se preocupam sinceramente com o bem-estar dos animais, que denunciem os métodos de produção do patê de fígado.
Pedimos à justiça que relembre as leis e os regulamentos que impõem um limite ao sofrimento que se pode infligir a um ser sensível, e que a produção de patê de figado é, por consequente, ilegal.
Pedimos aos nossos representantes que criem leis que proibam definitivamente este costume.

Enquanto consumidores determinados em pôr a ética em prática no nosso prato, e constatando que tais sofrimentos existem simplesmente para agradar ao nosso paladar, recusamo-nos a comprar e a consumir fígados doentes de animais torturados.
Assine o Manifesto para apoiar esta campanha

Tradução por Rachel Touitou
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Stop Gavage
é uma campanha de
L214

temos que fazer algo!!!

Urge tourists to "explore elsewhere" until Canada ends the slaughter of baby seals.

não seja mais um a fechar os olhos

Canada's Shame: Learn More.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Indiferença também mata

tortura ccz guarujá


Denúncia
Animais sofrem tortura no CCZ do Guarujá (SP)
07 de abril de 2011

Antonella
cordioa@yahoo.com.br



Os animais do CCZ do Guarujá (SP) precisam urgente de adoção. Quem puder ajudar na tosa e banho do poodle, há muitos cães de raça e SRD abandonados.

As pessoas que lá trabalham não prestam para nada. quanta maldade, quanta judiação!

Mais uma inocente morta no CCZ do Guarujá. Esse maldito lugar tem que acabar e esses malditos que trabalham lá tem que sair. Estou revoltada com esse lugar de horror. Precisamos nos unir e fazer algo, eles não podem ficar assim ,pelo amor de Deus, esse lugar é um dos piores que eu ja vi!

O CCZ do Guarujá é um lugar de tortura animal

Ajudem a UIPA Guarujá (13) 9714-2610 - uipaguaruja@gmail.com

filhote adoção


Compromisso de castração
Cadela filhote encontrada correndo riscos na rua aguarda adoção em Osasco (SP)
07 de abril de 2011

Kaiene
kaiene.kin@gmail.com



Encontrei essa bebezinha toda apavorada no meio de uma rua muito movimentada de Osasco (SP) na manhã do dia 04 de abril.

Não pude deixá-la lá, mas também não posso ficar com ela, pois meu apartamento será entregue mês que vem e já tenho um cãozinho!

O nome dela é Lili, fêmea, deve ter uns 2 ou 3 meses, será doada vacinada e vermifugada e me comprometo a castrar quando ela tiver idade suficiente.

Ela é muito dócil, alegre, animada, carinhosa, adora brincar com outros cães, deve ficar de porte médio (do tamanho de um cocker).

Contato: Kaiene - Telefone: (11) 95141699 / 95141699

quarta-feira, 6 de abril de 2011

urgente!!!


Família quer sacrificá-lo
Tutor morre e deixa pit bull desamparado, em SP
05 de abril de 2011

Camila Fonseca
camila.fonseca@totvs.com.br



Há alguns dias meu vizinho faleceu e seu cachorro Sadan ficou sem tutor. A família dele está ameaçando sacrificá-lo se não encontrar nenhum tutor, portanto eu peço por favor repassem ao maior número de pessoas possíveis para que o Sadan possa achar um lar onde ele seja bem recebido e amado.

Ele é um cão da raça Pitbull de aproximadamente 4 anos e nunca mordeu ninguém, porém ele tem sérios problemas com gatos.

Contato: camilaffonseca1@gmail.com

touro tenta fugir,mais é resgatado.


Ribeirão Preto/SP
Touro explorado e maltratado em rodeio tenta fugir, mas é capturado
05 de abril de 2011



Foto: Reprodução/Extra Online

Um touro de uma tonelada, que já foi explorado e maltratado em três rodeios em Barretos, SP, escapou de uma arena em Ribeirão Preto, a 319 km da capital paulista. O incidente ocorreu na noite de domingo (3). Segundo o jornal “A Cidade”, o touro, chamado Mental, percorreu 15 quilômetros e surpreendeu moradores de cinco bairros. Ele acabou sendo capturado 14 horas depois da tentiva desesperada de fugir dos maus-tratos.

Por volta de 22h de domingo, o touro derrubou a cerca da arena após ter participado de uma competição. O “tutor” teria iniciado as buscas, mas não conseguiu achar. Na manhã de segunda, por volta de 9h, o animal foi avistado e a Guarda Municipal foi acionada. Duas viaturas passaram a seguir o touro, que passou por várias avenidas, cruzou uma favela e parou num conjunto habitacional. Depois, foi para um terreno baldio.

O touro estava agitado e ninguém conseguia segurá-lo. O animal só foi (forçosamente) levado depois que o “tutor” conseguiu dois cavalos para guiar o touro até um sítio.

Buischi disse que esta não foi a primeira vez em que um touro fugiu da arena. Em dezembro de 2010, outro touro teria escapado.

Com informações do Extra Online

assassinatos na zona sul(sp)

13 já morreram
16 cães e gatos da zona sul de SP são envenenados
05 de abril de 2011


Moradores de Cidade Vargas, na zona sul de São Paulo, estão mobilizados para descobrir o assassino de cães e gatos domésticos que está atuando em cinco ruas do bairro. Em um único veterinário da região, foram atendidos 16 animais envenenados no último mês – 13 deles morreram.

A comunidade colocou faixas, pregou avisos, distribuiu mais de mil panfletos e está instalando câmeras nas ruas. O caso está sendo investigado no 97.º DP.

No dia 23, o labrador Yang foi envenenado ao comer chumbinho misturado com presunto jogado no quintal de sua tutora, a fotógrafa Layla Lazarini, de 28 anos, na Rua Santo Epitácio. O veterinário Jean Pierre, que tem clínica no bairro há 11 anos, nunca viu tanto envenenamento como no último mês. Segundo ele, o envenenamento por chumbinho provoca hemorragia e muita dor no animal.

Agora, os tutores têm protegido seus animais. “Meu cachorro fica na frente para proteger a casa da minha mãe de 94 anos, mas agora nós temos de levá-lo para o fundo”, diz o professor universitário Márcio Augelli.

Fonte: Estadão

assassinatos na zona sul(sp)

13 já morreram
16 cães e gatos da zona sul de SP são envenenados
05 de abril de 2011


Moradores de Cidade Vargas, na zona sul de São Paulo, estão mobilizados para descobrir o assassino de cães e gatos domésticos que está atuando em cinco ruas do bairro. Em um único veterinário da região, foram atendidos 16 animais envenenados no último mês – 13 deles morreram.

A comunidade colocou faixas, pregou avisos, distribuiu mais de mil panfletos e está instalando câmeras nas ruas. O caso está sendo investigado no 97.º DP.

No dia 23, o labrador Yang foi envenenado ao comer chumbinho misturado com presunto jogado no quintal de sua tutora, a fotógrafa Layla Lazarini, de 28 anos, na Rua Santo Epitácio. O veterinário Jean Pierre, que tem clínica no bairro há 11 anos, nunca viu tanto envenenamento como no último mês. Segundo ele, o envenenamento por chumbinho provoca hemorragia e muita dor no animal.

Agora, os tutores têm protegido seus animais. “Meu cachorro fica na frente para proteger a casa da minha mãe de 94 anos, mas agora nós temos de levá-lo para o fundo”, diz o professor universitário Márcio Augelli.

Fonte: Estadão

potro maltratado por adolescentes morre

Crueldade
Potro morre após ser maltratado por adolescentes em Santa Maria (RS)
05 de abril de 2011

Fato foi registrado pelo tutor do animal na Polícia Civil

Um potro morreu depois de ser furtado, montado e arrastado por adolescentes, no bairro Salgado Filho, em Santa Maria. O animal chegou a ser socorrido pelo tutor, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a ocorrência policial, um homem de 32 anos amarrou uma égua e seu filhote em um terreno baldio, na Rua Olegário Mariano, na tarde desta segunda-feira. Ele disse à Polícia Civil que três adolescentes do bairro furtaram os animais e tentaram vendê-los. Eles teriam montado no potro, que não teria suportado o peso excessivo e teria caído no chão.

Quando o tutor dos animais foi atrás deles, encontrou os adolescentes arrastando o potro por uma corda, em um barranco. O tutor chegou a socorrer o animal e o levou para casa para dar medicamentos. A tentativa não teve sucesso e o filhote morreu. A égua não ficou ferida.

Fonte: Diário de Santa Maria

correndo grande perigo.



Correndo grande perigo
Cão que está sendo ameaçado de morte por moradores precisa ser adotado, em São Thomé das Letras (MG)
06 de abril de 2011


Priscila Paula
prigato2009@hotmail.com


Foto: Divulgação

Este cachorro vítima do abandono está sofrendo ameaças e sendo agredido pelos moradores, em São Thomé das Letras (MG).

A Cida está cuidado dele e eu estive na delegacia falando com os policiais sobre a lei de defesa aos animais, deixei a lei com eles e eles me disseram que é só chamá-los. Eles estão informados do que está acontecendo.

Precisamos encontrar alguém para adotá-lo com urgência.


Foto: Divulgação

Como não fico na cidade e devo ir embora logo, deixo o contato da Jaqueline para quem quiser adotá-lo.

Contato: jackieblues@gmail.com

Também deixo o contato do Fernando que está ajudando a cuidar dele: fernandonallin@hotmail.com .

Burne


Futuro feliz
Filhote de pit bull queimado com óleo é disputado para adoção até fora do Brasil
06 de abril de 2011


O cãozinho ainda deve passar por cirurgia nos olhos antes de ser doado


Veterinário Danilo Testa afirma que cão Burne ainda passará por mais uma cirurgia antes de conhecer seu novo tutor. Foto: arquivo pessoal

Burne, o filhote de pit bull que foi queimado com óleo quente há pouco mais de um mês em Jaguariúna (no interior de São Paulo), deve ter um futuro bem diferente da tragédia pela qual passou no final de fevereiro.

Depois de ser encontrado em um terreno baldio e levado para tratamento em uma clínica veterinária da cidade, ele ficou famoso e agora é disputado por muitas pessoas, algumas delas até fora do país. A informação foi confirmada ao pelo veterinário e responsável da clínica que cuida do animal, Danilo Testa.


Pessoas da Alemanha e Estados Unidos já pediram para adotar Burne. Foto: arquivo pessoal

- Meu irmão colocou fotos dele no Facebook e não parou mais de chover telefonemas. A cada dez minutos, alguém liga querendo adotá-lo. Hoje mesmo, me ligou uma pessoa da Alemanha, mas já recebi contatos dos Estados Unidos e de vários outros países. No Brasil, gente de Florianópolis, de várias cidades. Até eu quero ficar com ele agora [risos].

Segundo o veterinário, o filhote, de dois meses e meio, chegou à clínica levado por um rapaz que o encontrou em um terreno baldio. Testa lembra que o animal “chorava muito”.

- Burne tinha bicheira [doença que atinge o músculo do cão] também, além das queimaduras todas. Pensamos que ele não sobreviveria. Cogitamos até fazer a eutanásia.

Superados os primeiros dias do tratamento e apesar das marcas que ficaram em seu corpo – que não devem desaparecer -, segundo o veterinário, o bichinho não ficou com nenhum “trauma psicológico”.

- Cachorro não tem aquele preconceito que os homens têm com marcas. Ele está 100% bem, se alimenta normalmente [sic], corre, brinca com os cachorrinhos da clínica.

De acordo com o veterinário, Burne tem apenas dois problemas físicos. Um deles deve ser corrigido em breve.

- Segunda ou terça que vem vamos fazer uma cirurgia nos olhos dele, que é uma plástica, mas não é estética. Ele não consegue piscar os olhos e, por isso, tem pouca lubrificação. Vamos tentar melhorar isso. O Burne também ficou com uma cicatriz no pescoço em que a pele repuxada não deixa ele virar [a cabeça] totalmente.

ONG
O veterinário conta ainda que, inspirado em Burne, um grupo de moradores da cidade decidiu criar uma ONG que irá cuidar de animais abandonados e mal tratados.

- O Burne virou fundador da ONG. Estão arrecadando dinheiro para cuidados com o animal. Mas tudo será doado para eles usarem na ajuda a outros bichos.

Depois da nova cirurgia, o pit bull deve ficar cerca de 20 dias na clínica para se recuperar. Só depois disso, o veterinário irá decidir para quem o bichinho será doado. Segundo Testa, a prioridade é do homem que o levou o à clínica. Caso ele não queira ou não possa cuidar do cachorro, será avaliado qual o melhor dono para Burne.


Burne detalhe Filhote de pit bull foi achado queimado em Jaguariúna, interior de São Paulo. Foto: Arquivo Pessoal


Fonte: R7

Nota da Redação: Apesar de toda a dor sofrida pelo filhote, ele terá, com certeza, um futuro amoroso e feliz. Maltratar e abandonar animais são crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/98), com pena de detenção de até um ano e multa.

panfleto

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Tenha Fé Meu Filho.

"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações em seu próprio interior. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto."
Dalai Lama (nobel da paz 1989)

SOBRE TER UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO OU 'TENHA FÉ, MEU FILHO', Marcio de Almeida Bueno

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por Marcio de Almeida Bueno, jornalista
Então há a posse, essa coisa que permite ao dono brincar de divindade com o animal de estimação. Comprei, paguei, achei, adotei, ganhei, prendi lá no fundo do pátio. Dou comida e água, é bem tratado. Mas às vezes o Deus dos animais acorda de ressaca, ou fica dois dias fora de casa, ou precisa descontar em alguém a raiva do patrão, esposa, sogra, presidente da república, time de futebol ou imposto. E há um fiel só, que reza em boa parte do dia, no fundo do pátio ou mesmo em cima do sofá, ‘como se fosse da família’. Pode sobrar castigo para esse devoto, ou não. A divindade chutou a porta, mas não o cachorro. Deu meia-volta e deixou comida para o gato, em plena saída para a praia.
Em ambos os casos, exerceu seu poder sobre a vida em quatro patas que sua vontade dita os desígnios. Um bom Deus, ou não. O que socorre ou o que deixa morrer embaixo do Sol – não pode desconhecimento, mas por decisão. Um fiel ganha banho e tosa e lacinho nas orelhas, o outro ganha um osso quadrado do churrasco se tiver sorte. Em ambos os casos, olham para cima e esperam o que virá. Objetos que comem e fazem cocô diariamente, mas com um papel pré-fixado desde o começo – esta é a hora de comer, este é o lugar para ficar, este não é o lugar para ficar, esta é a hora de latir para o ladrão, esta é a hora de não fazer barulho, seu desgraçado, que eu quero dormir.
E há divindades que escolhem sua rêmora pelo fetiche do que é fofo, do que cabe melhor no apartamento, do que é para patricinha, do que é para lutador de jiu-jitsu, do que está na moda – o pitbull de hoje já foi dobermann nos anos 80, que já foi pastor alemão. Só muda o nome de quem assina o cheque.
E os animais ainda estão presos à escolha do encaixe na vida das pessoas, ‘um cão bom para ter no sítio’, ‘um gato que não incomoda’, ‘um passarinho pra fazer companhia pra vó, tadinha, né?’. À espera de que seu destino, que nao mais lhe pertence desde que viraram alvo, fotos de catálogo, nicho de mercado, escravos patetas que trabalham independente de condições. Anos à frente de seus focinhos, uma linha reta sem escolhas, mas o eterno aguardo pela mão divina que vai lhes tocar o cangote por alguns segundos. Se a reza foi com fé.

terça-feira, 5 de abril de 2011