terça-feira, 16 de março de 2010

LIFE GODS

N'kukluk'mba .. Oshalah
Odin .. Manitoo .. Xuedeh
Aggayun .. Göt .. Baoh
Allah
Tupan .. N'Olorun .. Tamnarah
Golorud .. Ualereh
Zambyn .. Zeus .. Ruwatah
Iesu .. Jah .. Shalam-Tzieh
Amaterasu .. Bathalah
Mandarah .. Unguleveh
Khrisnha .. Efozu
Amma
Yambah .. Oshun .. Asdulai
Kalah .. Okut .. Nyaambeh
Aquaan .. Akuah
Jesus .. Rah .. Yelen-Dayeh
Tentei .. Dio
Asher .. Dieu .. Dios .. Ymanah
Kami .. So-Ko
Lubnah .. Theos .. Yallah
Maomeh .. Juremah
Shiva .. Shangoh
Butzimmy .. Yumallad
Yaoh
Dumnezteu .. Banarah
Gaya .. Munetoh
Aton .. Amon .. Yemanjah
Ereh .. Yaoh
Yansan .. Adonay
Brahma .. Gedepoh
Tzikem-Boo .. Atzilah
Yaoh
D'Olodum .. Yamanah
Oshossy .. Shido
Buda .. Gee .. Jeovah
Ereh .. Yaoh
LIFE GODS-GILBERTO GIL E MARISA MONTE
Escolha o seu e faça sua, a vontade D´Ele
Ame.
CHEGA DE MALTRATAR O QUE ¨ELE¨TE DEU DE PRESENTE

segunda-feira, 15 de março de 2010

ESTERELIZAÇÃO ANIMAL !!!

Terça feira, 16 de março
http://www.senado.gov.br/sf/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=71941
Próxima terça-feira, dia 16 de marco, será votado o projeto de lei de 04/05 de esterilização na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. O projeto de lei 04/05 é muito importante, ele implanta em todo Brasil uma política esterilização de cães e gatos para o controle populacional e acaba com a matança nos Centros de Controle de Zoonoses .
Ele foi apresentado pelo deputado Affonso Camargo em 2003 a meu pedido e com ajuda da Vanice Orlandi da UIPA que redigiu o texto inicial e a justificativa ele tramitou rápido pela Camara dos Deputados, mas no Senado Federal está tramitando mais lentamente; Vamos mandar e-mails ou liguem gratis para os senadores da Comissão de Assuntos Ecônomicos solicitando aprovação do relatório na próxima terça feira e urgência na tramitação. Sabemos que existem muitos assuntos para serem discutidos e geralmente animais ficam em segundo plano, mas se houver uma grande mobilização conseguimos aprovação mais rápida, inclusive semana passada foi entregue na Comissão de Assuntos Econômicos pela assessoria do deputado Affonso Camargo um abaixo assinado com mais de 300 mil assinaturas em favor da esterilização e do projeto de lei. O telefone da Cãmara é............0800-619 619 (gratis.......das 9 às 17 hrs)
E-mails dos senadores que compõe a Comissão de Assuntos Econômicos

osmardias@senador.gov.br;gim.argello@senador.gov.br;j.v.claudino@senador.gov.br;arthur.virgilio@senador.gov.br;jtenorio@senador.gov.br;cicero.lucena@senador.gov.br;jayme.campos@senador.gov.br;adelmir.santana@senador.gov.br;raimundocolombo@senador.gov.br;efraim.morais@senador.gov.br;efraim.morais@senador.gov.br;eliseuresende@senador.gov.br;renan.calheiros@senador.gov.br;simon@senador.gov.br;valdir.raupp@senador.gov.br;gecamata@senador.gov.br;garibaldi.alves@senador.gov.br;francisco.dornelles@senador.gov.br;cesarborges@senador.gov.br;inacioarruda@senador.gov.br;crivella@senador.gov.br;tiao.viana@senador.gov.br;mercadante@senador.gov.br;eduardo.suplicy@senador.gov.br;delcidio.amaral@senador.gov.br;jefferson.praia@senador.gov.br;fernando.collor@senador.gov.br;eduardoazeredo@senador.gov.br;zambiasi@senador.gov.br;sergio.guerra@senador.gov.br;flexaribeiro@senador.gov.br;alvarodias@senador.gov.br;jose.agripino@senador.gov.br;rosalba.ciarlini@senadora.gov.br;katia.abreu@senadora.gov.br;heraclito.fortes@senador.gov.br;demostenes.torres@senador.gov.br;almeida.lima@senador.gov.br;gilberto.goellner@senador.gov.br;lobaofilho@senador.gov.br;paulo.duque@senador.gov.br;wellington.salgado@senador.gov.br;geovaniborges@senador.gov.br;romero.juca@senador.gov.br;joaoribeiro@senador.gov.br;sadicassol@senador.gov.br;robertocavalcanti@senador.gov.br;ideli.salvatti@senadora.gov.br;joaopedro@senador.gov.br;renatoc@senador.gov.br;antval@senador.gov.br;

sexta-feira, 12 de março de 2010

MENSAGEM

Mensagem
Olhei para os animais abandonados no abrigo... os renegados da sociedade humana. Vi em seus olhos amor e esperança, medo e horror, tristeza e a certeza de terem sido traídos. Eu me revoltei e rezei: - "Deus, isso é horrível! Por que o Senhor não faz nada a respeito?" E Deus respondeu: -"Eu fiz. Eu criei você." (autor desconhecido).

Focas do canadá

O restaurante que fica na sede do Parlamento Canadense servirá carne de foca nas refeições desta semana, representando assim o apoio aos caçadores na luta pelo direito de comercializar pedaços dos animais na Europa.

Celine Hervieux-Payette, senadora, declarou que o almoço com restos de foca permitirá aos políticos que demonstrem sua aprovação ao massacre anual.

“Todos os partidos políticos terão a oportunidade de demonstrar a solidariedade do Parlamento Canadense com aqueles que ganham a vida na caça de focas”, disse ela.

A União Europeia baniu recentemente a importação de pedaços de foca por acreditar que a caça é uma prática desumana.

O massacre da Costa Leste do Canadá, o maior do mundo, mata cerca de 275 mil focas de novembro até maio. Os animais levam tiros ou pauladas violentas na cabeça com um instrumento cheio de pontas.

Continua a batalha entre os ativistas dos direitos animais, que acreditam que o massacre é extremante cruel, e os caçadores ao lado do governo canadense, que acreditam nos benefícios gerados às populações humanas em nome do assassinato.

E mais uma vez o governo canadense comete um ato de extrema crueldade para apoiar a matança covarde de animais inocentes, além de incentivar a venda dos restos de seus corpos.

Fonte: ANDA

A antiética na cultura do comércio e posse de animais

Robson Fernando

Imagine o Mercado de Delos, numa cena corriqueira do século 3 A.C.. Lá, homens, mulheres e até crianças eram "emplacados" com tábuas penduradas no pescoço com origem, qualidades e defeitos descritos e o preço em dracmas. Comerciantes abastados chegavam à ilha da cidade, compravam essas pessoas para lhes servirem de escravos e arrogavam então a si a posse dos humanos comprados.

Imagine você, vindo de uma viagem no tempo, perguntando para um comerciante daqueles quem eram aquelas três crianças nuas no barco dele e se tinham algum parentesco com ele. Então ele diz: "Ah, são uns escravos que comprei agora há pouco. E não sou pai deles, sou dono". E explica que os garotos comprados eram de sua preferência: morenos, cabelos longos e de olhos verdes, e satisfaziam aos seus desejos de ter crianças bonitas para sua companhia afetiva.

Uma sensação de indignação e compaixão invade você ao ver aquele senhor tratando aquelas crianças como mercadorias, como coisas, como objetos de posse e categorizáveis. Não tolera que ele esteja daquela forma comprando vidas humanas dotadas de afeto e sentimentos num mercado. Num ato de reação humana a atos de desumanidade, você semeia uma conversa argumentativa com o "dono" das crianças na intenção de mostrar que ele está sendo imoral e desumano e fazê-lo libertar aquelas crianças ou adotá-las como filhos de verdade. Seus argumentos falam de as crianças serem humanas iguais a ele, terem sentimentos, pensamentos, desejos, virtudes e direitos naturais à dignidade. O homem então, depois de dez minutos de conversa, vai embora irritado, levando as crianças, sem assimilar a moral de direitos humanos que você tentou incutir nele. Para ele, os meninos eram seres inferiores e sem direito à dignidade que apenas os humanos de sua "raça" tinham e cujos sentimentos e demonstrações de inteligência serviriam para sua função de escravos de companhia.

Agora, imagine você, dois anos depois de voltar daquela viagem temporal, na frente de um pet shop, querendo comprar filhotes de um yorkshire, manifestando preferência por cãezinhos de pêlo comprido, liso e de cor acaju. Paga então 600 reais por dois cachorros. Quando você vai saindo com os dois filhotes recém-desmamados, chega um defensor animal, com a camisa manifestando o ideal da libertação animal. Ele logo começa uma pequena entrevista com você sobre os animais recém-comprados. "Você é o quê desses cães? E como os obteve?", pergunta o ativista. Você, imaginando o quão idiotas aquelas perguntas pareciam ser, diz cordialmente "Sou dono deles, ué. Comprei-os aqui no pet shop". E afirma que você os comprou para que lhe fossem companheiros. Uma sensação de indignação e compaixão invade o rapaz ao ver você tratando esses animais como mercadorias, como coisas, como objetos de posse e categorizáveis (você os comprou com seletividade de raça, cor e pelagem). Ele então lhe bombardeia de argumentos que corroboram o caráter antiético do comércio e da arrogância de posse de animais: um deles é que os animais não-humanos têm sentimentos, pensamentos, desejos, virtudes e direitos naturais à dignidade, ainda que os pensamentos sejam construídos de forma diferente do pensar humano.

Você, caso seja empático, começa a ficar pensativo: algo parecido já acontecera antes. Depois de uma boa reflexão, repara que as únicas diferenças entre as criaturas defendidas por você no século 3 A.C. e as defendidas pelo defensor animal no século 21 D.C. são a espécie e a presença ou ausência das capacidades de fala articulada, raciocínio, intelecto e trabalho manual complexo.

Partindo dessa lição que você teve com a relação entre as falas do ativista da causa animal e o déjà-vu de Delos, convido a pensar: é certo categorizar um animal de espécie diferente como portando uma vida inferior à humana só por causa da falta de habilidades humanas, a despeito de todas as semelhanças existentes?

Se você começar a refletir seriamente e finalmente pensar "É, por que os animais, que são mais parecidos conosco do que pensamos tradicionalmente, ainda assim são tratados como inferiores?", vai, por tabela, perceber também que é eticamente errado arrogar a si os direitos de ter posse de animais e valorar suas vidas. Do mesmo jeito que é considerado absurdo valorar a vida humana ou ter posse da vida e pessoa alheia.

Para ser mais evidente ainda em minha colocação sobre o especismo e a antiética da posse e comércio de animais não-humanos, vamos adotar dois exemplos que você considera nobres.

Primeiro, pense num Homo erectus. Ele tinha sentimentos, desejos, virtudes, pensamentos, como você que é Homo sapiens sapiens. Mas não tinha o intelecto nem o raciocínio apurado que você tem, nem falava direito e suas melhores ferramentas eram objetos de pedra rudimentarmente trabalhados. Pergunto: ele era inferior a você? A vida dele era inferior à sua? Ele merecia restrição de direitos só porque não tinha as habilidades humanas desenvolvidas? Deveríamos comercializá-los em "super pet shops" caso existissem? Pense nisso.

Agora pense num bebê. Você vai pensar "Poxa, um bebê? Claro que ele tem sentimentos, desejos, virtudes, pensamentos (ainda que em linguagem rudimentar), etc.". Mas entro com a suposição de que ele fosse um bebê que tivesse uma doença degenerativa que lhe causasse uma atrofia cerebral, impedindo que ele desenvolvesse a maioria de suas habilidades de ser humano quando crescesse, e fizesse-o morrer aos 12 anos (mesma idade em que muitos cães e gatos morrem). Reflita então: ele merece ser vendido? Você compraria esse bebê de uma família que não tivesse condições de custear sua sobrevivência? Você se acharia dono desse bebê? Atenção, lembre-se de que ele não poderia nunca desenvolver intelecto, raciocínio, habilidade laboral, nada disso. Mas não deixa de ter sentimentos, desejos, necessidades e virtudes. Ele inclusive demonstra muito carinho para com você, da mesma forma que os filhotes de yorkshire comprados na história dos primeiros parágrafos lhe demonstram.

Faço a pergunta depois de todos esses casos: qual a diferença entre os seres humanos normais e os descritos no parágrafo acima? A presença de raciocínio, intelecto, habilidades manuais, etc.. E agora qual é a diferença entre o bebê mais o Homo erectus e os cães, gatos, bois, peixes-betas, iguanas, etc.? A única resposta adequada, apesar de sua possível visão especista indignada com minha comparação, é: a espécie. Daí pergunto: por que você compra cães e gatos mas repudia uma hipotética comercialização de espécimes de Homo erectus ou bebês com deficiência de raciocínio?

Agora você está começando a enxergar o quão antiética é a venda e a posse de animais. Não é ético que comercializemos ou nos apossemos de animais, que têm tanto em comum conosco e cujas ausências de habilidades humanas poderiam ser notadas em outros hominídeos ou em humanos com capacidades cerebrais comprometidas.

Como a posse de animais é algo moralmente errado, não devemos mais nos considerar "donos" dos animais, uma vez que a palavra "dono" conota posse ou propriedade e odiaríamos que alguém dissesse ser dono de seus filhos. O certo é nos entitularmos "tutores", já que estamos educando e cuidando de nossos animais domésticos e os termos "educação" e "cuidados" servem perfeitamente também para nossas crianças ou, por outro exemplo, intercambistas que estejam sob nossos cuidados.

E como o comércio de animais também é antiético, fica meu clamor: NÃO COMPRE OU VENDA ANIMAIS, ADOTE-OS OU DOE-OS.

P.S: Se você se irritou com este artigo, pergunto: qual é o fundamento dessa irritação, além de mero especismo? O que foi dito aqui que está indiscutivelmente errado? E por que para você os animais não-humanos continuam não merecendo os direitos básicos que o ser humano tem (liberdade e dignidade, para dar os exemplos mais óbvios)? Acalme-se e reflita com o melhor de sua racionalidade.

Robson Fernando - robfbms@hotmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Articulista independente e dono do blog Consciência Efervescente (http://conscienciaefervescente.blogspot.com).

quinta-feira, 11 de março de 2010

cães de raça ou não

Você faz questão de um cão de raça? Pense duas vezes . . .     

Sérgio Greif

É bastante comum que na busca pela companhia de animais utilizemos critérios raciais como determinante de escolha. Isso não acontece à toa, vamos à livraria para pesquisar sobre cães e os livros nos dizem qual raça é boa para apartamento, qual raça é boa para se ter com crianças, qual raça fornece bons cães de guarda . . . Os pacotes de rações para cães trazem sempre imagens de rottweilers, labradores, cocker spaniels ou dachshunds, sempre cães de raça; igualmente as propagandas de produtos voltados para esse mercado ou que utilizam cães apesar do produto não estar relacionado.

Há, portanto, um apelo para que "consumamos" cães de raça e para que, por outro lado, desprezemos cães que não sejam de raça. É verdade que esse "estigma do cão vira-lata" esteja menos forte atualmente do que estava 15-20 anos atrás, mas ele ainda persiste.

Por outro lado, tendemos a considerar errado julgar as pessoas por sua raça. Pessoas normais não escolhem, por exemplo, ter amigos brancos ou japoneses e desprezam possíveis amigos negros ou índios, apenas com base em critérios raciais. Tampouco não vemos com bons olhos publicações que tentam associar determinadas raças humanas com determinados padrões de comportamento. E mesmo que possamos definir com certa precisão nossa linhagem ancestral, não é de bom tom sustentarmos isso como indício de superioridade ou em conotação de pureza. E se isso não é bom ou certo no caso de seres humanos, também não o é em relação aos cães e outros animais.

O que são cães de raça?

Como no caso das raças humanas, não há uma sustentação científica para o conceito de raças caninas. Todos os cães pertencem à espécie Canis familiaris (ou mais recentemente Canis lupus familiaris) e descendem de lobos cinzentos (Canis lupus), que foram domesticados provavelmente há 100 mil anos. Cães são, portanto, uma subespécie de lobos cinzentos.

Do lobo para o cão há uma grande diferença, mas 100 mil anos de seleção artificial foram suficientes para que o ser humano desenvolvesse milhares de variedades de cães. Os primeiros critérios adotados pelo ser humano para a seleção de animais de companhia foram sua mansidão. Lobos muito agressivos eram difíceis de manter; por outro lado, animais mais mansos eram preteridos.

O geneticista russo Dmitri Belyaev observou, quando da domesticação de raposas, que após algumas gerações de procriação seletiva os animais se tornavam mais mansos e desenvolviam comportamentos característicos de cães domésticos que não eram expressos em raposas silvestres. Mais do que isso, algumas gerações após a domesticação esses animais passavam a apresentar orelhas moles, focinhos mais curtos, padrões distintos de pelagem e cauda erguida. Possivelmente, os genes que regulam essas características são, tanto o lobo quanto na raposa, ligados aos genes que conferem aos animais maior mansidão.

Podemos entender, por esse estudo de Belayev conduzido em poucas gerações, o que milhões de gerações fizeram ao lobo, possibilitando o surgimento de variedades de descendentes tão distintos quanto um chiwawa ou um dogue alemão. E ainda assim, todos cães domésticos.

No entanto, quando consideramos geneticamente, o conceito de raças caninas não faz sentido. O que existe sim são grupos de animais cruzados seguidamente entre si para expressar determinadas características que lhes confere visível semelhança, e algumas vezes a propensão a determinada índole. Mas é só.

Exceto por uma acentuada aparência externa, nada distingue uma raça canina de outra. Existem, obviamente, linhagens que são maiores e linhagens que são menores, linhagens mais agitadas e menos agitadas, linhagens que se morderem alguém causarão um estrago maior do que outras, até por sua força física . . . mas todas essas características podem ser encontradas também em cães chamados "sem raça definida" - SRD.

Uma pessoa que busca simplesmente um companheiro canino não precisa adquirir um guia de raças que garante que tal linhagem expressa determinado comportamento, não precisa ir a um canil adquirir um cão com pedigree por um preço que pode variam de R$ 200 a R$ 2.000, até porque amigos não se compram.

O que determina que cães são de raça?

O que determina que certo cão pertence a certa raça, que um segundo cão pertence a uma raça diferente e que um terceiro cão pertence a um grupo sem raça definida é um critério absolutamente artificial. Cães não se reconhecem a si mesmos como pertencentes a raças distintas, como ocorre no caso de raças surgidas de maneira natural. Mas se não é algo natural, de que forma os critérios raciais surgiram para cães?

Desde sua domesticação, os cães foram empregados pelo ser humano em diferentes serviços (pastoreio, boieiros, caça de pequenos e grandes animais, caça de aves aquáticas, farejadores, guarda, corrida, etc.). Mesmo sem conhecer os fundamentos da genética antes de Mendel, o ser humano sabia, por fatores empíricos, que se cruzasse cães com determinadas características e aptidões teria maior chance de encontrar essas mesmas características em suas proles.

Esse processo se acentuou ainda mais a partir do surgimento dos Kennel Clubs, no século XIX. Desde então, cães já não eram mais cruzados para fornecer animais mais aptos para realizar trabalhos, mas simplesmente como hobby, com o intuito de selecionar os que expressassem determinadas características físicas. Para alcançar as características desejadas, valia até mesmo apelar para o endocruzamento, ou seja, o cruzamento entre irmãos, país e filhos, avôs e netos, etc.

Os Kennel Clubs criaram o sistema de registro de raças, onde das milhares de linhagens selecionadas ao longo destes 100 mil anos de domesticação e que persistiram até os dias de hoje, entre 150 e 400 variedades são hoje reconhecidas como raças (o reconhecimento de uma determinada linhagem como raça varia de Kennel Club para Kennel Club).

Uma pessoa que pegue um livro sobre raças caninas do mundo inteiro poderá identificar nas fotos determinados padrões de cães conhecidos e que nem mesmo sabia pertencerem a raças. Isso porque esse padrão racial somente é reconhecido em determinadas localidades, por determinados Kennel Clubs. Vira-latas poderiam, portanto, ser incluídos dentro de determinadas raças, ainda que não pudessem ser considerados puros, por desconhecermos sua procedência.

Apenas esses fatos já servem para demonstrar que o conceito de raças caninas não é um conceito bem fundamentado.

Consequências do repetido endocruzamento de cães

Embora a seleção artificial de cães remonte ao paleolítico, o conceito de raças caninas, que devem obedecer a determinados padrões, possui menos de 150 anos. Algumas raças atuais remontam a tempos bastante remotos, como é o caso do cão d´água português, que possivelmente já era criado pelos fenícios, o afghanhound, que remonta ao século III a.C., do Rottweiler, já utilizado pelos romanos e de tantos outros, no entanto essas raças, como dito, formaram-se a partir de diversos animais distintos que expressavam determinadas aptidões e características. Não havia uma pressão para que os cães não se misturassem com outras linhagens e endocruzamentos praticamente não ocorriam, e quando ocorriam, eram acidentais.

Mesmo sem conhecer os mecanismos da genética, o ser humano sempre soube, de maneira empírica, que o cruzamento entre irmãos ou entre pais e filhos criava uma prole mais frágil. Hoje sabemos que isso acontece porque com o endocruzamento aumenta a possibilidade de que genes raros recessivos se manifestem no organismo. Quando existe uma variabilidade genética, mesmo com a presença de genes raros deletérios na população, estes raramente se manifestam, porque a própria seleção natural cuida de eliminá-los. Mas quando a variabilidade genética é pequena, e os animais se cruzam apenas entre si, então surgem as doenças.

Podemos dizer que todos os schnauzers, poodles, dachshounds, cockers, weimaraners e bulldogs são parentes entre si. Não parentes no sentido que todos os cães são entre si, ou que todos os seres humanos são entre si. Eles são parentes em primeiro grau, no máximo em segundo grau. Um cão maltês que nasce na França é praticamente um irmão de sangue de um cão maltês que nasce no Brasil. Há pouquíssima variabilidade dentro desses grupos.

As consequências dessa baixa variabilidade genética dentro das raças caninas é a grande ocorrência de defeitos congênitos (nascimento de animais com defeitos de formação), a manifestação de doenças e a baixa longevidade.

Existem mais de 500 doenças genéticas conhecidas nos cães, todas elas associadas à baixa variabilidade genética existente dentro das raças. Raças como os poodles apresentam diversas doenças endócrinas, tumores de mama, hidrocefalia, epilepsia e outras doenças. Cockers manifestam grande incidência de cataratas, glaucomas e doenças da retina, doenças dos rins e displasia coxo-femural.

Pit bulls, rottweilers e pastores alemães também apresentam maior incidência de displasia coxo-femural. Outras doenças características do pit bull são a sarna demodécica, problemas de rompimento do ligamento cruzado e parvovirose. A parvovirose também incide com maior frequência em Rottweilers, que também sofrem com maior frequência de problemas relacionados ao complexo gastroentérico. Pastores alemães manifestam maior incidência de ataxia, epilepsia, doença de Von Willebrand (problemas de coagulação), cegueiras causadas por pannus oftálmico ou queratite superficial crônica. Labradores são acometidos por cerca de 20 doenças genéticas, entre elas displasia coxo femoral, retinal, catarata, ausência de testículo, etc.

Dachshunds apresentam alta incidência de artrite. Além disso, sua coluna longa ocasiona em maior incidência de problemas de coluna, hérnia de disco, eles são mais propensos a desenvolver problema de cálculos renais, tumores mamários e otites. Como os animais com pernas mais curtas são mais valorizados, essa característica é selecionada pelos criadores, ocasionando em animais com pernas tão curtas que acabam arrastando a barriga e as orelhas no chão. Entre os yorkshires existe maior propensão à endocardiose, hidrocefalia, diversas afecções dermatológicas, musculoesqueléticas, cânceres de testículo e de hipófise, colabamento traqueal, hiperadrenocorticismo, nefropatias e afecções urinárias diversas, várias gastroenteropatias, catarata, atrofia da retina, distrofia da córnea, conjuntivite. O pinscher, além da sarna demodécica, com frequência apresenta epilepsia, problemas cardíacos e problemas de luxação de patela (rótula), que pode até demandar uma cirurgia.

Além dessas doenças genéticas, há ainda outro problema relacionado ao cruzamento endogâmico, que é o favorecimento de características estéticas que resultam em comprometimento da vida do animal. Por exemplo, o padrão de raça estabelecido para dachshunds diz que quanto mais baixinho, melhor. Então o criador busca produzir animais que literalmente se arrastam pelo chão, pois esses são mais valorizados. É óbvio que para o animal isso resulta em péssimas condições de vida e muitos desses "salsichinhas" até evitam se locomover muito. Cães da raça rhodesian ridgeback necessitam, por padrões raciais, apresentar uma faixa saliente no dorso, e para isso que são selecionados. Essa faixa apenas se forma no animal como consequência de uma espinha bífida, portanto, selecionar animais para que apresentem essa crista nas costas é selecionar para que nasçam com esse problema. Essa crista ainda propicia que um quisto (sino dermóide) se desenvolva entre os tecidos subcutâneos e o tecido muscular, causando infecção. Nos canis comerciais, quando um rhodesian ridgeback nasce sem a crista, frequentemente ele é morto antes que a noticia se espalhe. Isso é indício de comprometimento da qualidade do plantel.

Raças como o sharpei e o mastiff napolitano tem como padrão racial a necessidade de apresentar pregas na pele. E quanto mais pregas melhor. Ocorre que essas pregas são regiões propensas ao acúmulo de sujeira e umidade e, como consequência, ao surgimento de dermatite, seborréia e micoses. Além disso, pregas demais limitam os movimentos do animal, comprometendo também sua visão. Muitas vezes são necessárias cirurgias para remover pregas da frente dos olhos. Adicionalmente, sharpeis apresentam problemas de tireóide, problemas de pele e pelo e mal funcionamento do fígado e dos rins, o que ocasiona em dificuldade de biotransformar e eliminar toxinas do organismo. Sharpeis também com frequência apresentam mordedura prognata, ou seja, os incisivos da
arcada inferior se fecham à frente dos incisivos da arcada superior.

Algumas raças de cães, como os bulldogs, o boxer, o pequinês e o pug apresentam mordedura prognata como padrão de sua raça. Em muitos casos o prognatismo é tão acentuado que, mesmo quando o cão está com a boca fechada, pode-se ver seus dentes e a língua. No padrão dessas raças também há uma valorização de animais com cabeça curta, alta e enrugada, focinho curto, enrugado e voltado para cima, com narinas amplas, o que torna sua respiração pesada e difícil. Com frequência esses animais apresentam prolapso dos olhos (olhos saltados da órbita, ou caídos) e pernas tortas. Esses animais tem maior propensão a apresentarem problemas cardíacos, com grande incidência de cânceres, problemas articulares e epilepsia.

Portanto, ao buscarmos por animais que obedecem a determinados padrões raciais estamos buscando pela expressão de características artificialmente selecionadas e que com frequência representam doenças e má qualidade de vida para o animal. Ao selecionar animais de acordo com suas características raciais, agimos como nazistas ou eugenistas, que estabeleceram padrões para a forma como seres humanos devem ser. Além disso, agindo dessa forma estamos contribuindo para toda uma cadeia de negócios fundamentada na exploração animal.

A exploração dos cães de raça

Quem pensa em cães como companheiros, melhores amigos do homem, etc., deve pensar duas vezes antes de comprar um cão em um pet shop. Cães vendidos em pet shops possuem exatamente os mesmos sentimentos que qualquer outro cão. São dóceis, companheiros e adoram a companhia humana. Porém, junto com tudo isso, ao comprar um cão o comprador adquire um certificado de linhagem (pedigree) e toda a história de sofrimento que está por trás desses animais. Animais de pet shop podem ser animais fofinhos pelo ponto de vista do comprador, mas pelo ponto de vista do produtor de animais e do vendedor, eles são apenas produtos ou mercadorias.

O objetivo de um criador de cães é o lucro e ele só alcança esse lucro se conseguir maximizar sua produção. Para que isso aconteça, ele deve fazer com que seus cães se reproduzam o máximo possível. Isso significa que cada fêmea matriz deve ter o máximo de ninhadas no menor tempo possível. Os filhotes nascidos nessas condições abastecem a "indústria dos animais de estimação".

Os canis que fornecem animais de raça para abastecer a esse mercado podem variar desde indivíduos que possuem algumas fêmeas matrizes, até grandes canis comerciais contendo dezenas, centenas de animais. Em todos os casos, quem sai perdendo são os cães. Animais são condicionados a viverem por toda a sua vida em gaiolas recebendo apenas água e alimentos, produzindo ninhada atrás de ninhada, até que sua vida reprodutiva acabe e seja ela mesma comercializada ou abandonada em algum local. Filhotes nascidos sem as características raciais consideradas dentro do padrão ou com leves imperfeições são mortos de imediato, pois a presença desses animais na ninhada compromete a imagem das matrizes. Após um breve período mínimo de amamentação esses animais são encaminhados para pet shops onde são vendidos para pessoas que mal conhecem sua história de sofrimento anterior.

Sim, a exploração de cães em canis é uma forma de exploração animal tão grave quanto qualquer outra, E não se trata realmente de fazer uma distinção entre o "bom" criador e o "mal" criador, ou de criticar o comércio de fundo de quintal e valorizar o comércio que ocorre sob supervisão de um Kennel Club ou de alguma entidade de proteção animal. A criação de cães de raça é em si um erro, porque ela produz animais que em verdade só existem para atender à futilidade e aos padrões de estética que nós estipulamos. Seres humanos que de fato gostam de cães não fazem distinção entre cães de raça e cães sem raça definida.

Quem deseja um amigo de verdade . . .

Uma pessoa que realmente deseja ter um cão como amigo, e não como um produto, uma mercadoria, não faz distinção entre um cão de raça e um cão sem raça definida. Os cães são sinceros em sua amizade para conosco, eles não fazem julgamentos se somos brancos ou negros, altos ou baixos, milionários ou mendigos, perfeitos ou deficientes, cabeludos ou carecas . . . eles nos aceitam como somos porque seu amor é desinteressado.

Para que nossa parte da amizade possa ser tão sincera quanto o é a parte deles, precisamos ser tão desinteressados quanto eles mesmos. Ter amizade é querer o bem. Queremos que nossos amigos vivam muito, sejam saudáveis . . . não que tenham pedigrees e doenças genéticas, ou que satisfaçam nosso ego e sejam abandonados quando enjoarmos deles. Queremos que nossos amigos sejam criaturas que vivam conosco porque nos adotamos mutuamente e porque precisamos deles tanto quanto eles precisam de nós.

Amigos não se compram. Se adquirimos nossos amigos de estabelecimentos que lucraram com sua exploração, nossa parte da amizade não é sincera. Amigos não tem beleza ou feiúra. Se escolhemos nossos amigos com base em características estéticas não são amigos o que procuramos. Amigos não são feitos em formas, não obedecem a padrões, não tem raça. Eles vem do jeito que vierem e nós os amamos. Um cão em nossa casa é companhia garantida. Alegria não de possuir um bem, mas de manter um amigo, compartilhar nossa vida com alguém por muitos anos.

Sérgio Greif - sergio_greif@yahoo.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Biólogo, mestre em Alimentos e Nutrição, co-autor do livro "A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo" e autor de "Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável".
Última atualização em Qua, 23 de Dezembro de 2009 08:50

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O Que Fazer
Ferramentas
Nos rodeios são utilizados bovídeos, eqüinos e até mesmo caprinos, todos expostos à pretensa dominação do ser humano, que se utiliza de diversas artimanhas e apetrechos para que o animal pareça bravio e então seja domado pelos valentes peões (ou será cowboys?).
Dentre os instrumentos mais utilizados para que os animais corcoveiem, há alguns que são visíveis por todos os presentes:
- Sedém:
Espécie de cinta, de crina e pêlo, que se amarra na virilha do animal e que faz com que ele pule. Momentos antes de o brete ser aberto para que o animal entre na arena, o sedém é puxado com força, comprimindo ainda mais a região dos vazios dos animais, provocando muita dor, já que nessa região existem órgãos, como parte dos intestinos, bem como a região do prepúcio, onde se aloja o pênis. Há, inclusive, diversos laudos comprovando os maus-tratos aos animais submetidos à utilização do sedém, como veremos em tópico a seguir, e desmistificando o dito por aqueles que são favoráveis aos rodeios, de que o sedém provoca apenas cócegas. Aliás, mesmo que considerássemos que o sedém cause apenas cócegas, devemos ressaltar a definição de cócegas como sendo "uma sensação particular, irritante, que provoca movimentos espasmódicos".
Portanto, mesmo que apenas as cócegas fossem causadas, por si só já caracterizam os maus-tratos. Importante também dizermos que sedém macio, como o trazido no bojo da Lei n.º 10.519/02, que dispõe sobre a promoção e a fiscalização da defesa sanitária animal quando da realização de rodeio e dá
outras providências, não evita o sofrimento dos animais, já que a região onde são colocados são extremamente sensíveis, e, portanto, inócua essa tentativa de minimização dos efeitos de danos que os sedéns causam aos animais. Finalmente, lembremos que diferentemente do que dizem, não é durante apenas os 8 segundos de montaria que o sedém é comprimido no animal.
Oito segundos é o tempo que o peão deve permanecer no dorso do animal, porém deve-se lembrar que o sedém e colocado e comprimido tempos antes do animal ser colocado na arena (ainda no brete) e também tempos depois da montaria. Além disso, há declarações de peões de que treinam de 6 a 8 horas diárias, portanto, todo este tempo o animal estará sendo maltratado.
- Esporas:
As esporas são objetos pontiagudos ou não, acoplados às botas dos peões, servindo para golpear o animal (na cabeça, pescoço e baixo-ventre), fazendo, em conjunto com o sedém e outros instrumentos, com que o animal corcoveie de forma intensa. Além disso, quanto maior o número de golpes com as esporas, mais pontos são contados na montaria. Sem fundamento o argumento de que as esporas rombas (não pontiagudas) não causam danos físicos nos animais, pois ocorre a má utilização destes instrumentos, e como dissemos anteriormente, visa-se golpear o animal e, portanto, com ou sem pontas, as esporas machucam o animal, normalmente provocando cortes na região cutânea e perfuração no
globo ocular.
- Peiteira:
Consiste em outra corda ou faixa de couro amarrada e retesada ao redor do corpo do animal, logo atrás da axila. A forte pressão que este instrumento exerce no animal acaba causando-lhe ferimentos e muita dor também.
- Polaco (sinos):
Na peitera são colocados sinos, os quais produzem um barulho altamente irritante ao animal, o qual fica ainda mais intenso a cada pulo seu.
Aliás, ressaltemos que a irritação que o polaco causa aos touros é inclusive reconhecida pelos próprios apreciadores e praticantes de rodeios, já que é definido em sites do gênero como: "sinos de metal colocados no touro para irritá-lo" (sic).
Existem ainda alguns apetrechos e métodos utilizados para colaborar com as "acrobacias" dos animais que são utilizados nos bastidores de rodeios, além da situação estressante que os animais são submetidos nos momentos que antecedem sua entrada nas arenas. Dentre eles podemos citar:
- objetos pontiagudos: pregos, pedras, alfinetes e arames em forma de anzol são colocados nos sedenhos ou sob a sela do animal;
- choques elétricos e mecânicos: aplicados nas partes sensíveis do animal antes da entrada à arena;
- terebintina, pimenta e outras substâncias abrasivas: são introduzidas no corpo do animal antes que sejam colocados na arena, para que fiquem enfurecidos e saltem. As substâncias abrasivas em contato com cortes e outros ferimentos no corpo do animal causa uma sensação de ardor insuportável;
- golpes e marretadas: na cabeça do animal, seguido de choque elétrico, costumam produzir convulsões no animal e são os métodos mais usados quando o animal já está velho ou cansado, com a finalidade de provocar sua morte.
- descorna: o chifre dos bovídeos, para a realização de determinadas provas, é "aparado" com a utilização de um serrote, sem anestésico, e causando sangramentos e dor aos animais;
- transporte dos animais: os animais são transportados em minúsculos espaços, e para que embarquem ou desembarquem dos caminhões, são obrigados a passarem por rampas, sendo que muitas vezes os animais escorregam e se fraturam neste ato;
- brete: é o local onde ficam confinados os animais antes da prova e onde são preparados para montaria. Neste momento o animal passa por uma situação enorme de estresse, tendo-se inclusive sérios estudos a respeito, como veremos em item a seguir.
- alimentação: na maioria das vezes, os animais recebem sim boa alimentação, mas não nos deixemos que este fato nos engane, achando que por este motivo os animais são bem tratados. Na verdade, o animal, para ser forte e poder entrar na arena e cumprir bem sua "função", tem que estar forte e com saúde, por isso não há como não lhe prover boa alimentação e o mínimo de cuidados. Porém, com certeza isso não anula os maus-tratos que já reportamos anteriormente.
Modalidades
Além dos métodos e apetrechos utilizados para incitar o animal a corcovear e a correr de forma voraz dentro das arenas que já citamos, mister sabermos ainda quais são as modalidades que se praticam nos rodeios, para que entendamos os maus-tratos aos animais praticados em cada uma delas.
A seguir trazemos as modalidades segundo a Federação Nacional de Rodeio Completo:
- bull riding: montaria em touro. O animal é esporeado, especialmente na região do baixo-ventre;
- laçada de bezerro (calf roping): animal de apenas 40 dias é perseguido em velocidade pelo cavaleiro, sendo laçado e derrubado ao chão. Ocorre ruptura na medula espinhal, ocasionando morte instantânea. Alguns ficam paralíticos ou sofrem rompimento parcial ou total da traquéia. O resultado de ser atirado violentamente para o chão tem causado a ruptura de diversos órgãos internos levando o animal a uma morte lenta e dolorosa;
- laço em dupla (team roping): dois cowboys saem em disparada, sendo que um deve laçar a cabeça do animal, e o outro as pernas traseiras. Em seguida os peões esticam o boi entre si, resultando em ligamentos e tendões distendidos, além de músculos machucados;
- bulldogging: dois cavaleiros, em velocidade, ladeiam o animal que é derrubado por um deles, segurando pelos chifres e torcendo seu pescoço;
- bareback: montaria em cavalo, em que o peão se coloca em posição quase horizontal, devendo "marcar o animal" logo no primeiro pulo, posicionando as duas esporas no pescoço do cavalo;
- sela americana (saddle bronc): montaria em cavalo em que é preciso "marcar o animal" posicionando-se as esporas no pescoço do animal logo no primeiro pulo e no segundo pulo o peão deve puxar as esporas seguindo uma angulação que sai da paleta, passa pela barriga e chega até o final da sela, na
traseira do cavalo. Quanto maior a angulação, maior a nota.
- cutiano: montaria em cavalo, em que o peão fica apoiado unicamente em duas cordas que são amarradas à peiteira, fazendo com que o animal sofra ainda mais a compressão causada por esse instrumento. No primeiro pulo, o peão posiciona as esporas entre o pescoço e a paleta. A partir do segundo pulo, as esporas devem ser puxadas em direção à cava da paleta. Quanto mais esporeadas forem dadas, maiores as chances de se conquistar notas altas.
Laudos, Pareceres, Estudos e Depoimentos
São muitas as manifestações de técnicos no que concerne aos maus-tratos ou não aos animais em rodeios.
A maioria do material aborda especialmente a questão dos sedéns, sendo que a grande maioria os laudos, estudos e pareceres abominam a utilização deste apetrecho, conforme comprovamos a seguir com a citação de diversos trechos importantes dos documentos em voga.
A professora Júlia Matera, presidente da comissão de ética da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, in Parecer Técnico sobre a potencialidade lesiva de sedém, peiteiras, choques elétricos e mecânicos e esporas em cavalos e bois diz: "A utilização de sedém,
peiteiras, choques elétricos ou mecânicos e esporas gera estímulos que produzem dor física nos animais, em intensidade correspondente à intensidade dos estímulos. Além da dor física, esses estímulos causam também sofrimento mental aos animais, uma vez que eles têm capacidade neuropsíquica de avaliar que esses estímulos lhes são agressivos, ou seja, perigosos à sua
integridade".
Importantíssimo também serem trazidos à baila os estudo da Dra. Irvênia Luiza de Santis Prada, professora titular emérita de anatomia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, in Diversão humana e sofrimento animal - Rodeio: "O sedém é aplicado na região da virilha, bastante
sensível já por ser de pele fina mas, principalmente, por ser área de localização de órgãos genitais. No caso dos bovinos, o sedém passa sobre o pênis e, nos cavalos, pelo menos compromete a porção mais anterior do prepúcio.
(...)
Quanto à possibilidade de produção de dor física pelo uso do sedém, a identidade de organização das vias neurais da dor no ser humano e nos animais é bastante sugestiva de que eles sintam, sim, dor física. O contrário é que na se pode dizer, isto é, nada existe, em ciência, que provem que os animais não sentem dor com tal procedimento.
(...)
A identidade de organização morfo-funcional existente entre o sistema nervoso do homem e dos animais é altamente sugestiva de que os animais vivenciem sofrimento físico e mental quando submetidos aos procedimentos do chamado rodeio completo".
Em relação às provas de laço, mister citarmos trecho do laudo exarado pelo perito veterinário, Dr. José Lincoln Leite de Campos, nomeado pelo MM. Juízo de Jaguariúna, nos autos da ação popular n.º 649/01, referindo-se à edição de 2003 do Jaguariúna Rodeo Festival: "(...) quando fugindo da condição que
foi imposta a ele, é laçado [bezerro de 40 dias de idade], sofre um tranco, podendo ocorrer danos no seu pescoço, causando lesões leves, graves ou gravíssimas, reversíveis ou irreversíveis, podendo até leva-los à morte".
Complementando perfeitamente o dito pelo ilmo. perito supra-referido, importante mencionarmos o depoimento do médico veterinário E. J. Finocchio, publicado em março de 1990, na revista The Animals Agenda: "Testemunhei a morte instantânea de bezerros após a ruptura da medula espinhal. Também
cuidei de bezerros que ficaram paralíticos e cujas traquéias foram total ou parcialmente rompidas. Ser atirado violentamente ao chão tem causado a ruptura de diversos órgãos internos, resultando em uma morte lenta e agonizante".
Ainda em relação à ação pular anteriormente citada em Jaguariúna, no ano de 2002, o ilmo. sr. perito, Dr. Roberto de Lacerda Russo relata que "Alguns cavalos e touros possuíam cicatrizes antigas e recentes, decorrentes do uso de equipamentos como sedéns e esporas. Havia cavalos com cicatrizes na
região frontal da cabeça, ocasionadas por traumas ocorridos dentro dos bretes. Tais cicatrizes podiam ser vistas a olho nu e houve filmagem durante as provas em que se constatou que enquanto os animais aguardavam a saída para arena, eram tomados de muito estresse, pois se debatiam com muita freqüência. (...)
Em relação à montaria, constatamos a utilização do sedém e sino. Em alguns peões constatamos a utilização de esporas pontiagudas e serrilhadas nas extremidades. Observamos o uso normal desses equipamentos, mesmo sabendo que já são proibidos por lei".
Especificamente em relação às provas e à utilização do sedém, afirma o citado perito: "As reações à dor são inevitáveis neste caso, não importando o material usado na confecção.
- A modalidade Bulldog (...) possibilita grave risco de fratura na coluna do animal, deslocamento de vértebras e também rupturas musculares.
- A modalidade Team Roping (...) possibilitam as lesões físicas similares à modalidade Bulldog, com riscos de óbito.
- A modalidade Calf Roping (...) foi observado que a parada abrupta do animal possibilita fratura ou deslocamento na coluna, em razão do golpe sofrido, por serem os bezerros jovens e frágeis, com risco de virem à óbito.
(...)
Do ponto de vista técnico, observamos lesões externas em alguns animais, principalmente na região inguinal, com pele avermelhada e irritada, decorrente do uso de sedém, mesmo 12 horas após o evento. E também várias cicatrizes sob a forma de cortes na região cutânea do pescoço e baixo ventre, decorrente do uso de esporas, havendo fotos e filmagem para demonstrar tal fato."
Sobre as conseqüências dos constantes maus-tratos aos animais de rodeio, marcante o dito pelo Dr. C. G. Harber, médico veterinário com trinta anos de experiência como inspetor de carne da USDA, acostumado a receber animais de rodeio destinados para o abate após 10 ou 15 anos de "trabalhos", em artigo publicado em março de 1990, na revista The Animals Agenda: "O pessoal dos rodeios manda seus animais aos matadouros, onde tenho visto gado tão machucado, que as únicas áreas em que a pele continuava ligada eram na cabeça, pescoço e pernas. Tenho visto animais com seis a oito costelas
separadas da coluna vertebral e, às vezes, penetrando os pulmões. Tenho visto entre dois e três galões de sangue livre acumulado debaixo da pele solta."
Além dos grandes danos físicos causados aos animais nos rodeios, como já expusemos fartamente, devemos ressaltar também o sofrimento a que os animais são submetidos, e para tanto suscitamos mais uma vez a festejada Dr. Irvênia Prada, em seu já citado trabalho: "Outro aspecto que nos chama atenção é o que se observa nas fotos dos animais, em plena atividade, nesses eventos.
Nessas fotos, os olhos dos animais mostram uma grande área arredondada, luminosa, conseqüente à dilatação de sua pupila. Na presença de luz, a pupila tende a diminuir de diâmetro (miose). Ao contrário, a dilatação da pupila (midríase) acontece na diminuição ou ausência de luz, na vigência de
processo doloroso intenso e na vivência de fortes emoções (medo, pânico etc.) e que acompanham situações de perigo iminente, caracterizando o chamado "Síndrome de Emergência de Cânon" (to fight or to flight - lutar ou fugir). Quando o ser humano ou o animal se sente ameaçado, agredido,
assustado, automaticamente seu organismo é preparado para essa situação. Acontece então taquicardia (aumento da freqüência cardíaca), aumento da pressão arterial, dilatação dos brônquios, aumento de aporte sangüíneo para os músculos, diminuição de sangue no território cutâneo, transformação rápida de glicogênio em glicose e dilatação das pupilas (midríase). No
ambiente da arena de rodeio, o esperado seria que os animais estivessem em miose, pela presença de luz. Assim, a midríase que exibem é altamente indicativa de que estejam na vigência do citado Síndrome de Emergência, o que caracteriza sofrimento mental."
Neste mesmo sentido o laudo do Dr. José Eduardo Albernaz, perito nomeado pelo MM. Juízo da 1ª Vara Cível de Presidente Prudente, nos autos da ação civil pública n.º 2.098/97, quando indagado pelo ilustríssimo membro do Ministério Público local se, quando posta em risco a integridade dos órgãos
dos animais, estes sentem-se ameaçados e sofrem alguma espécie de pânico, medo ou qualquer outro sofrimento mental, bem como o que caracteriza tais ameaças aos animais, tendo-se como respostas: "(...) sendo uma região composta de órgãos externos, extremamente sensíveis (testículos, escroto,
pênis e prepúcio), com estruturas essencialmente de tecidos de camadas finas, vasos, artérias, veias e nervos, ao serem comprimidos, levam os animais a um estado de medo, pavor, provocados por uma intensidade determinada de dor. Podemos caracterizar esse fator como Síndrome de Emergência de Cânon."
Finalmente, não poderíamos deixar de citar que existem alguns pouquíssimos laudos que afirmam que os animais nos rodeios não sofrem maus-tratos, entre eles laudos provenientes da UNESP e da Universidade de Uberlândia.
Porém, devemos ser enfáticos ao ressaltar que estas instituições promovem o rodeio universitário, e, portanto, são totalmente parciais em relação ao assunto.
Em especial a UNESP, cujos laudos foram assinados por professor ligado diretamente aos Independentes de Barretos, produziu laudos sem base científica alguma, quais sejam, o proveniente do Projeto Sedém, pois colheram sêmen de animais não submetidos ao sedém e o proveniente da
Avaliação Técnico-Científica da Utilização de Sedém em Bovinos, quando deixaram o sedém apenas envolto na virilha dos animais, sem exercer qualquer compressão, e, portanto, não fazendo o animal corcovear ou se estressar como se na arena estivesse.
Cotejando-se os laudos pró com os contra os rodeios, parece-nos não haver dúvidas, não?
Outras Informações
Depoimento:
Segundo a Dra. Irvênia Prada, que foi por muitos anos Professora Titular da Faculdade de Medicina da USP e tendo mais de uma centenas de trabalhos publicados em Anatomia Animal, ao observar as fotos dos animais em plena atividade no rodeio declarou: "os olhos dos animais mostram uma grande área
arredondada, luminosa, conseqüente à dilatação de sua pupila. Na presença de luz, a pupila tende a diminuir de diâmetro (miose). Ao contrário, a dilatação da pupila (midríase) acontece na diminuição ou ausência de luz, na vigência de processo doloroso intenso e na vivência de fortes emoções (medo,
pânico..) e que acompanham situações de perigo iminente, caracterizando a chamada Síndrome de Emergência de Canon. No ambiente da arena de rodeio, o esperado seria que os animais estivessem em miose, pela presença de luz. Assim, a midríase que exibem é altamente indicativa de que estejam na
vigência da citada Síndrome de Emergência, o que caracteriza o sofrimento mental."
- Não Existe Rodeio Sem Crueldade:
Os abusos e maus-tratos praticados contra os animais são confirmados através de material escrito (pareceres técnicos, decisões judiciais), fotografados e filmados (DVDs).
- Nenhum Animal Salta e Corcoveia Sem o Uso do Sedém: Se o animal apresenta esse comportamento independentemente do uso de qualquer instrumento é porque rejeita a montaria, sendo forçado a ser
montado seguidamente nas condições adversas que ocorrem nos rodeios, com muita luz, gritos do público, som altíssimo e explosão de fogos de artifício, constituindo-se, no mínimo, em abuso, o que também é considerado crime. Posto que a crueldade contra os animais inserida nas práticas de
rodeio é inerente à prática dos rodeios fica evidente que os rodeios são ilegais. A crueldade é proibida pela nossa legislação, incluindo a própria Constituição Federal.
- Fazendo Frente ao Mito:
Num estudo conduzido pela Humane Society of the United States, dois cavalos conhecidos pelos seus temperamentos gentis foram submetidos ao uso da cinta no flanco. Ambos pularam dando coices até a cinta sair. Então vários cavalos do circuito de rodeio foram liberados dos currais sem a cinta no flanco e
não pularam nem deram coices, mostrando que o comportamento selvagem e frenético dos animais é induzido pelos cowboys e promotores dos rodeios.
- O Fim da Trilha:
O médico veterinário Dr. C.G. Haber, que passou 30 anos como inspetor federal de carne, trabalhou em matadouros e viu vários animais descartados de rodeios sendo vendidos para abate. Ele descreveu os animais como "tão machucados que as únicas áreas em que a pele estava ligada à carne eram
cabeça, pescoço, pernas e abdome. Eu vi animais com 6 a 8 costelas quebradas à partir da coluna, muitas vezes perfurando os pulmões. Eu vi de 2 a 3 galões de sangue livre acumulado sobre a pele solta. Estes ferimentos são resultado dos animais serem laçados nos torneios de laçar novilhos ou quando são montados através de pulos nas luta de bezerros." (1)
Os promotores de rodeio argumentam que precisam tratar seus animais bem para que eles sejam saudáveis e possam ser usados. Mas esta afirmativa é desmentida por uma declaração do Dr. T.K. Hardy, um veterinário e às vezes laçador de bezerros, feita à revista Newsweek: "Eu mantenho 30 cabeças de gado para prática, a U$200 por cabeça. Você pode aleijar três ou quatro numa tarde... É um hobby bem caro." (2) Infelizmente existe um fornecimento constante de animais descartados à disposição dos promotores de rodeios os quais tiveram seus próprios animais esgotados ou irremediavelmente feridos. Conforme o Dr. Harber documentou,os circuitos de rodeio são apenas um desvio na estrada dos matadouros.
- Escolhas e Oportunidades:
Embora os cowboys de rodeio voluntariamente arrisquem-se a sofrer injúrias nos eventos em que participam, os animais que eles usam não têm esta escolha. Em 1986, no rodeio de Calgary em Alberta no Canadá, um dos maiores rodeios da América do Norte, oito cavalos foram mortos ou fatalmente feridos num acidente numa corrida de carroças. Pelo fato da velocidade ser importante em vários rodeios, o risco de acidentes é alto. Bezerros laçados quando estão correndo a mais de 27 milhas por hora, têm seus pescoços tracionados para trás pelo laço, geralmente resultando em injúrias no
pescoço e costas,contusões, ossos quebrados e hemorragias internas.
Bezerros ficam paralíticos devido à lesão de coluna vertebral ou suas traquéias ficam parcialmente ou totalmente machucadas.(3) Bezerros são usados apenas em um rodeio antes de voltarem ao rancho ou serem sacrificados devido aos ferimentos.(4)
Os cavalos dos rodeios geralmente desenvolvem problemas de coluna devido aos repetidos golpes que sofrem. Devido ao fato de cavalos não ficarem normalmente pulando para cima e para baixo,existe também o risco de lesão das patas quando o tendão se rompe.
As regras da associação de rodeios não são eficazes na prevenção de lesões e não são cobradas com rigor, nem as multas são severas o bastante para evitar maus tratos. Por exemplo, se um bezerro é ferido num torneio, a única punição é que o laçador não poderá laçar outro animal naquele dia. Se o
laçador arrastar o bezerro, ele poderá ser desclassificado. Não há regras protegendo os animais durante as provas e não há nenhum observador objetivo ou exames requisitados para determinar se um animal foi ferido num evento.(6)
1.Human Society of the United States, interview with C.G. Haber, DVM (Rossburg, Ohio),1979
2."Rodeo :American Tragedy or Legalized Cruelty?" The Animals Agenda, March 1990
3.Dr. E.J. Finocchio, DVM, Letter to Rhode Island State Legislature. Feb. 28, 1989
4."Rodeo Critics Call It "Legalized Cruelty", San Francisco Chronicle, June 25, 1981
5.Lipsher, Steve, "Veterinarian Calls Rodeos Brutal to Stock" Denver Post, Jan 20, 1991
6.Schmitz, Jon "Council Bucks Masloff’s Veto On Rodeo Bill" Pittsburgh Press, Nov27, 1990
Fonte Suipa
Proibição dos Rodeios
Devido a tudo o que de ilegal envolve a realização dos rodeios, eles têm sido proibidos através de leis ou de decisões judiciais, em muitos municípios, como o de São Paulo (Lei municipal 11.359/17-05-93, que proíbe a realização de rodeios, touradas e eventos similares) e Rio de Janeiro (Lei municipal 3879/04, que proíbe a realização de rodeios, touradas e eventos similares).
Em São Paulo, principal estado onde acontecem esses eventos, a proibição total ocorreu em vários municípios e Comarcas (em alguns casos a decisão judicial não impede o rodeio, mas sim o uso de instrumentos (o que torna o espetáculo inviável). A exemplo, podemos citar os seguintes municípios:
Proibição por lei:
- Rio de Janeiro
- São Paulo
- Sorocaba
- Guarulhos
- Jundiaí.
- Mogí das Cruzes (a lei foi aprovada recentemente, está ainda aguardando sanção).
Proibição por decisões judiciais:
- Ribeirão Preto
- Ribeirão Bonito
- Itu
- São Pedro
- Bauru
- Arealva
- Avaí
- Itupeva
- Cabreuva
- Américo Brasiliense
- Rincão
- Santa Lúcia
- Boa Esperança do Sul
- Cravinhos
Há numerosas ações em andamento, algumas já com decisão de primeiro grau, mas ainda em tramitação.
O Que Fazer
Você tomou conhecimento que está sendo ou será realizado um rodeio em sua cidade ou próximo à sua residência:
- NÃO vá a rodeios;
- Conscientize as pessoas a não irem a rodeios;
- Imprima panfletos educacionais e distribua o máximo que puder:
- Denuncie, chame a polícia e faça um TC (cite o Art. 32 da Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98) onde há lei que proíba. Caso essa lei não exista em seu município, pressione os políticos a promulgá-la. Recolha uma lista de assinaturas em papel com nome, endereço e RG, e entregue-o à Câmara dos
Vereadores.
- Fotografe e/ou filme os animais nos "bretes" e na arena, antes, durante e depois do rodeio - provas e documentos são fundamentais para combater transgressões.

até quando???

Não é possível
que vamos continuar
fazendo de conta
que não sabemos.
Pra que nos foi dado
a tal ¨inteligência¨somos incapazes de amar quem nos ama incondicionalmente????

amiguinhos

eles sabiam...

segunda-feira, 8 de março de 2010

rinhas

voto2

farra?

mosquitos

circo

china

castração

boicote

sem rodeios

voto

animais amigos

adotar é preciso

lembrete

sem fronteiras

ajude a salvar os animais,
help red diere,
cabhrú ainmhithe a shábháil
ayudar a salvar a los animales
βοηθήσει να σωθούν τα ζώα
hayvanları kurtarmak yardım
동물을 구하는데 어떤 도움
contribuire a salvare gli animali
помочь спасти животное
לעזור להציל חיים
動物を救う
Tiere retten
axuda para gardar os animais
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säästa loomi
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